Queimadas em MS: 80% dos incêndios são combatidos ‘no braço’ por bombeiros

Os incêndios no interior de MS reacenderam a discussão sobre a falta de quartéis do Corpo de Bombeiros em 54 cidades do Estado. Conforme os bombeiros, as brigadas de incêndios são treinadas e caminhões-pipa precisam estar abastecidos. No entanto, a equipe socorrista mais próxima precisa ser chamada e bombeiros combatem as chamas ‘no braço’. Conforme […]

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Foto: Corpo de Bombeiros de Corumbá
Foto: Corpo de Bombeiros de Corumbá

Os incêndios no interior de MS reacenderam a discussão sobre a falta de quartéis do Corpo de Bombeiros em 54 cidades do Estado. Conforme os bombeiros, as brigadas de incêndios são treinadas e caminhões-pipa precisam estar abastecidos. No entanto, a equipe socorrista mais próxima precisa ser chamada e bombeiros combatem as chamas ‘no braço’.

Queimadas em MS: 80% dos incêndios são combatidos ‘no braço’ por bombeiros
Bombeiros usam abafadores para conter as chamas | Foto: reprodução

Conforme a assessoria de comunicação dos bombeiros, as cidades que não têm um quartel militar, precisam ter uma brigada para conseguir “segurar” as chamas em caso de incêndio até que os bombeiros cheguem.

Cerca de 80% dos incêndios florestais, como ao que atingiu Bodoquena no dia 15 de setembro, são combatidos com abafadores.

Com esses equipamentos em mãos, os bombeiros precisam ter uma disposição física para conseguir controlar as chamas. E diferente do que a maioria das pessoas acreditam, a água é usada apenhas depois para o rescaldo do incêndio, detalhou a assessoria.

54 cidades sem quartéis

Em MS, 54 cidades, incluindo Bodoquena, não têm quartéis e uma equipe chega a ter que atender até seis municípios. O incêndio em Bodoquena foi combatido por militares do quartel em Aquidauana, que fica a 132 km de distância, e demorou 18 horas para ser controlado. Conforme os moradores, se houvesse uma equipe dos bombeiros com sede na cidade, o estrago causado pelo incêndio não teria sido tão grande.

A falta de quartéis nas cidades do interior, chega a sobrecarregar equipes com sedes ‘próximas’, como em Coxim, por exemplo. A equipe lotada na cidade precisa estar atenta para ocorrências em mais cinco cidades, sendo elas: Rio Negro, São Gabriel do Oeste, Sonora, Pedro Gomes e Rio Verde de Mato Grosso.

Os militares do Corpo de Bombeiros de Campo Grande também são responsáveis por atender ocorrências em cidades vizinhas, mas que não chegam a ser tão próximas assim. O quartel da área Sul da Capital também atende a população de Terenos. Sidrolândia e Nova Alvorada do Sul que entrariam na rota, possuem um quartel e uma brigada, respectivamente.

Já a equipe da área Norte da cidade dá suporte para Ribas do Rio Pardo, Rochedo, Corguinho, Jaraguari, Bandeirantes e Camapuã, que tem 142 km de distância da Capital e bombeiros podem levar até duas horas para conseguir chegar até o município.

Novos quartéis

Conforme a Sejusp (Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública) a expectativa é que a os quartéis “se desafoguem” em breve. Isso porque a secretaria explicou que quatro quartéis estão em construção no interior e mais cinco podem ser construídos.

Está em construção novos quartéis nas cidades de Bonito, Bela Vista, São Gabriel D’Oeste e Rio Brilhante. Inaugurados e com efetivo, os quartéis poderão desafogar as equipes de Jardim, Maracaju e Coxim.

Além disso, a Sejusp revelou que mais cinco unidades dos bombeiros estão em tratativas para serem construídos e com isso as cidades de Água Clara, Anaurilândia, Santa Rita do Pardo, Ribas do rio Pardo e Rio Verde de Mato Grosso, podem ter quartéis em breve.

 

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