Servidores municipais usuários do Servimed, serviço de assistência em saúde oferecido pelo (Instituto Municipal de Previdência de ), relatam dificuldade em receber atendimentos médicos e laboratoriais terceirizados há pelo menos quatro meses.  Os problemas estariam ocorrendo devido a atrasos nos repasses do instituto aos profissionais credenciados.

Os relatos apontam que um dos laboratórios chegou a parar os atendimentos por dois dias para pressionar o IMPCG. “Nós barramos, sim, os atendimentos por dois dias, apenas, para tentar um acordo com o IMPCG, porque nós temos gastos e não estamos recebendo os repasses há 4 meses. Mas, a gente entende que se trata da saúde do paciente, acabamos voltando, porém está realmente complicado”, explicou a responsável pelo local.

Em julho, uma paciente chegou a alegar que dois dos hospitais credenciados, que atenderiam o convênio, não estariam internando os pacientes do instituto por falta de repasses. “Somos beneficiários, o desconto mensal do nosso salário está sendo feito. Os dois hospitais já alegaram que não iriam internar os pacientes por falta de pagamento, como a gente fica? ”, disse a servidora que preferiu não se identificar.

Aumento

No começo do mês de setembro, os servidores foram surpreendidos também com um aumento da alíquota, supostamente sem aviso prévio, dos procedimentos. A mudança na cobrança do fator de coparticipação também desagradou e pegou beneficiários de surpresa: de R$ 10, o valor passou para R$ 20 nas consultas; e para R$ 50 no ato dos exames.

“Nunca houve isso, os exames e consultas sempre foram descontados em folha. Eles não avisaram nada sobre o aumento e agora ainda estamos sendo barrados também nos atendimentos”, explicou outra servidora.

Para os profissionais, o maior prejudicado é o paciente. “Nós somos prejudicados pela falta de repasse, mas o usuário do convênio acaba sofrendo mais. São pessoas em tratamento de doenças crônicas, às vezes, que vão ficar sem atendimento”, conclui.

O Jornal Midiamax entrou em contato com o IMPCG e aguarda posicionamento. A reportagem também apurou que na próxima quinta-feira (3), a diretora-presidente do instituto, Camilla Nascimento de Oliveira, terá reunião com o conselho do IMPCG, na qual o assunto será tratado.