Mabel fecha fábrica de bolachas em MS e demite 300 funcionários
Na manhã desta segunda-feira (15), cerca de 300 funcionários foram pegos de surpresa com suas demissões e o anúncio de fechamento da fábrica da Mabel na cidade de Três Lagoas, distante a 338 quilômetros da Capital. A indústria é gerida pela Pepsico desde 2011 quando teve suas ações compradas pela empresa. Em nota entregue para […]
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Na manhã desta segunda-feira (15), cerca de 300 funcionários foram pegos de surpresa com suas demissões e o anúncio de fechamento da fábrica da Mabel na cidade de Três Lagoas, distante a 338 quilômetros da Capital. A indústria é gerida pela Pepsico desde 2011 quando teve suas ações compradas pela empresa.
Em nota entregue para os funcionários, a empresa responsável por gerir a fábrica afirma concentrará sua produção de biscoitos em Sorocaba (SP), Aparecida de Goiânia (GO) e Itaporanga D’ajuda (SE), com isso encerrando as atividades em Três Lagoas.
“Esta decisão tem como base a estratégia da companhia de promover um reequilíbrio estratégico de seus recursos, redirecionando a eficiência em sua cadeia operacional para um melhor aproveitamento da capacidade produtiva das plantas que produzem biscoitos no Brasil”, dizia trecho.
Para não deixar os funcionários no prejuízo, a empresa ainda confirmou em sua nota que vai oferecer um pacote financeiro adicional às verbas rescisórias legais de acordo com os anos trabalhados na fábrica e citou que dará “todo o suporte necessário neste momento de transição”.
O presidente do sindicato dos trabalhadores de Três Lagoas, José Célio Primo, relatou que também foi pego de surpresa com a notícia do fechamento e lamentou que a fábrica tenha encerrado as suas atividades.
“Fomos pegos de surpresa também. Fui comunicado que teria uma reunião com o diretor que viria de São Paulo e ele deu a notícia. É um grande impacto negativo. Tentamos argumentar para que a empresa não saísse, mas infelizmente não teve jeito. A Mabel foi pioneira no setor industrial em Três Lagoas”.
O sindicato e a empresa Mabel/Pepsico firmaram uma gratificação para que os funcionários não saíam de mãos atadas. Conforme dito pelo presidente, o acordo de rescisão de cada pessoa terá a inclusão de 10% do salário multiplicado pelo tempo de serviço prestado. Além disso, a indenização que será paga em dinheiro, oferecerá três meses de ticket alimentação e três meses de plano de saúde após a rescisão.
“Por que em dinheiro? O convênio que os trabalhadores possuem tem uma cláusula que assim que o empregador for desligado da empresa, o plano de saúde se encerra. Então estão fazendo isso para o trabalhador se adequar, fazer outro plano”, disse.
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