Fronteira da Bolívia com Corumbá é liberada após 21 dias de protestos
Depois de 21 dias de bloqueio, a fronteira da Bolívia com Corumbá, a 444 quilômetros de Campo Grande, foi reaberta nesta quarta-feira (13). O local foi fechado para tráfego de veículos no dia 23 de outubro aderindo a greve geral convocada por opositores ao então presidente eleito Evo Morales. Os protestos aconteceram em vários locais […]
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Depois de 21 dias de bloqueio, a fronteira da Bolívia com Corumbá, a 444 quilômetros de Campo Grande, foi reaberta nesta quarta-feira (13). O local foi fechado para tráfego de veículos no dia 23 de outubro aderindo a greve geral convocada por opositores ao então presidente eleito Evo Morales.
Os protestos aconteceram em vários locais do país, por suspeita de fraude na eleição presidencial realizada no dia 20 de outubro, e foram convocados pelo Comitê Cívico de Santa Cruz de La Sierra.
A OEA (Organização dos Estados Americanos) apontou após a auditoria que houve fraude e no último domingo (10) Evo renunciou ao quarto mandato como presidente do país.
De acordo com o site Diário Corumbaense, estavam bloqueadas estradas, ferrovias e a fronteira das cidades de Arroyo Concepción, Puerto Quijarro e Puerto Suárez com Corumbá. Apenas pedestres e ambulâncias em casos de emergência podiam circular pela faixa fronteiriça.
Na manhã desta quarta-feira a movimentação maior na região era de caminhões transportando diversos tipos de cargas e brasileiros que estudam e trabalham no lado boliviano.
Renúncia
Após a renúncia o ex-presidente Evo Morales, a situação no país se agravou o que o levou a pedir asilo político no México, onde chegou nesta terça-feira (12).
Conforme agências de notícias, o vice de Evo, Álvaro García Linera, a senadora Adriana Salvatierra e o deputado Víctor Borda, nomes na sucessão para ocupar o cargo de chefe do Estado Boliviano, também renunciaram.
A senadora Jeanine Añez, próxima na linha sucerrória, então se autodeclarou presidente interina durante uma sessão especial na Assembleia Legislativa boliviana.
A finalidade do mandato temporário é garantir a institucionalidade do Estado e reorganizar imediatamente o Corpo Eleitoral Plurinacional, para serem convocadas novas eleições gerais e a transferência de comando seja realizada em 22 de janeiro de 2020.
O governo brasileiro reconheceu a senadora Jeanine Añez como nova presidente da Bolívia. Em publicação no Twitter, o Ministério das Relações Exteriores saudou a determinação de Jeanine em trabalhar pela realização de novas eleições e diz que quer aprofundar a “fraterna amizade” entre Brasil e Bolívia.
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