Após ação judicial e campanha nas redes sociais, o Google editou definição de professora que continha como sinônimo prostituta. Na tarde desta quarta-feira (23), já é possível conferir como resultado da pesquisa pela profissão ‘mulher que ensina ou exerce professorado’ e feminino de professor.

Até a terça-feira (22), quem pesquisasse pelo termo encontraria entre as respostas ‘prostituta com quem adolescentes se iniciam na vida sexual’. A situação motivou ação judicial proposta por estudantes de Direito da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Goiás.

Após campanha ganhar as redes, Google edita definição de professora como prostituta
Pesquisa continha termo que foi considerado ofensivo à profissão. (Reprodução internet)

“É certo que todas as mulheres, que exercem esta profissão, ao se depararem com a referida definição acessível na internet, sofreram mesmo que indiretamente as consequências de sua disseminação. Foi de extremo teor pejorativo, discriminar a profissão docente feminina, como sendo esta voltada a ‘iniciar’ a vida sexual de seus discentes, deste modo, torna-se claro que não foi respeitado o direito a todo cidadão de ter sua dignidade e imagem preservada, uma vez que tais profissionais são agora, vítimas de comentários maldosos de sua própria profissão”, escreveram em trecho da ação.

A situação ganhou as redes sociais com direito até a campanha pela correção do conteúdo. Em nota, o Google informou que para agilizar as buscas trabalha licenciando conteúdo de dicionários parceiros. Também disse reconhecer a preocupação dos estudantes e que transmitiria aos responsáveis pelo conteúdo.