O HU (Hospital Universitário) está com o PAM (Pronto Atendimento Médico) desde as 13 horas da quinta-feira (17). A superlotação é a justificativa, já que o local abrigava 67 pacientes, quando a capacidade é de 26. Em menos de 24 horas após a decisão de fechar o atendimento, o HU já sente um alívio, 10 vagas foram liberadas.
De acordo com a assessoria de imprensa do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, o pronto-socorro atende 57 pacientes nesta sexta-feira. “Os 10 foram remanejados para quartos que vagaram leitos”, disse. O HU informa que, em tese, os pacientes não devem se direcionar ao pronto-socorro, que está fechado, mas em caso de demanda espontânea, eles são orientados a procurar uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) ou outro hospital.
De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), os hospitais já absorvem a demanda normalmente e os pacientes também podem ser encaminhados para as UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) ou CRSs (Centro Regional de Saúde).
Na Santa Casa, o impacto do HU já foi sentido e o aumento do número de pacientes no pronto-socorro é visível. “Percebemos um aumento significativo na manhã de hoje, mas era o esperado, já que somos a maior porta de entrada. Nós trabalhamos com regulação, todo pronto-socorro está lotado e o nosso não é diferente, mas é menos caótica do que ano passado que tinha paciente jogado pelo corredor”, diz a Santa Casa. O pronto-socorro do Hospital atende diariamente 150 pacientes e afirma que está se reajustando para atender a demanda do HU.
Já no HR (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), a situação do pronto-socorro está sob controle. “Ainda não sentimos o impacto da demanda do HU, a situação está de acordo com o que enfrentamos no dia a dia”. Para o Regional, a lotação também é rotineira, já que a capacidade é de 77 pacientes, mas há 95 pessoas no pronto-socorro.
Superlotação no HU
O PAM do Hospital Universitário ficará fechado por 15 dias devido à superlotação e a dificuldade de atendimento à população. O hospital encaminhou à Secretaria de Estado de Saúde, ao Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público Estadual (MPE), Conselho Regional de Medicina (CRM) e ao Conselho Regional de Enfermagem, um ofício explicando a situação em que o local se encontra, ‘sem a menor condição digna de atendimento’, segundo documento.
Em nota, o hospital confirma que existe uma superlotação de pacientes nos leitos, que inclusive estão alocados no corredor e internados em cadeiras. “Não nos restou outra alternativa a não ser o fechamento completo do PAM por 15 dias para que possamos dar um atendimento digno aos pacientes que aqui estão”, disse o HU em nota.
