Frentistas de MS anunciam greve a partir da meia noite do dia 14 de setembro
Frentistas de Mato Grosso do Sul deverão entrar em greve a partir da meia noite do próximo dia 14 de setembro, conforme anuncio do Sinpospetro-MS (Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis Derivados de Petróleo de Mato Grosso do Sul). A decisão foi tomada durante assembleia da categoria, realizada na última sexta-feira (27), […]
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Frentistas de Mato Grosso do Sul deverão entrar em greve a partir da meia noite do próximo dia 14 de setembro, conforme anuncio do Sinpospetro-MS (Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis Derivados de Petróleo de Mato Grosso do Sul).
A decisão foi tomada durante assembleia da categoria, realizada na última sexta-feira (27), na sede do sindicato, na qual cerca de 300 trabalhadores teriam votado por unanimidade pela paralisação.
De acordo com o presidente do sindicato, José Hélio da Silva, a medida foi tomada em função da ameaça, por parte de contra-proposta apresentada pelo Sinpetro-MS (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul), de retirar alguns benefícios existentes na convenção coletiva da categoria e também diante da paralisação das negociações.
“Esta convenção já deveria estar sendo cumprida desde 1º de março, que é nossa data-base. Nossa proposta pede a reposição da inflação, mas os donos de postos querem retirar benefícios que conseguimos ao longo dos anos. Por isso, na assembleia, decidimos pela greve. É injusto 12 meses de trabalho para não termos reajuste decente e ainda perder benefícios”, destaca Silva.
Retrocesso à categoria
Os benefícios a que Silva se refere são uma PL (Participação de Lucros), que é paga anualmente em duas parcelas. Além da PL, as empresas também querem retirar um adicional de férias que começa em 5% no primeiro ano e alcança 45% em dez anos de contratação.
Na contra-proposta, a cesta básica, que atualmente sai a um custo de R$ 130, também poderá ter redução de 40% a 50%, segundo o sindicato.
“As empresas alegam que não estão tendo lucro e nos fizeram essa proposta indecente. Nosso foco, portanto, é mobilizar a categoria para que não seja tirado o que já é do trabalhador”, comenta o Sinpospetro-MS.
De acordo com a entidade, a paralisação foi a única alternativa diante da recusa do sindicato patronal de seguir com as negociações – das 9 tentativas, o Sinpetro-MS sequer teria comparecido em pelo menos seis, que teriam sido acompanhadas por representantes do MPT (Ministério Público do Trabalho).
Na véspera da data marcada para o início da greve, a recomendação do Sinpospetro-MS é que consumidores se previnam para não serem pegos de surpresa e ficarem sem combustível.
“Acreditamos que 70% trabalhadores devam aderir, pois se trata de um serviço essencial que não pode parar completamente. Porém, nossa recomendação é de que apenas os setores emergenciais sejam atendidos”.
De acordo com o sindicato, a base de filiados gira em torno de 1.800 pessoas, o que corresponderia a cerca de 50% do total de trabalhadores em Mato Grosso do Sul. A assembleia da última sexta-feira (24) foi realizada em dois momentos.
Ainda segundo a entidade, o anúncio do dia 14 de setembro serve tanto para que a categoria seja previamente informada, como para que o sindicato cumpra as exigências legais para a greve.
O Jornal Midiamax entrou em contato com o Sinpetro-MS, mas a assessoria de imprensa do sindicato informou, que só terá um posicionamento em relação ao anúncio da greve, amanhã.
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