Prefeitura veta Lei que obriga uso de madeira legal em construções

Projeto de lei foi considerado abusivo e burocrático

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Projeto de lei foi considerado abusivo e burocrático

O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), decidiu vetar totalmente um projeto de lei que obrigaria as residências da Capital a utilizarem madeira legalizada para obtenção do “habite-se”, que permite a moradia no local.

O veto foi publicado no Diogrande desta segunda-feira (4). Segundo o texto do autor da proposta, vereador Ayrton de Araújo (PT), a medida visava “reduzir o uso da madeira de origem oculta, […] bem como estimular a utilização de espécies sustentáveis ou oriundas de florestas plantadas”.

A PGM (Procuradoria-Geral do Município) se posicionou contra aprovação do projeto. Segundo o órgão jurídico da Prefeitura, a responsabilização do proprietário pelo uso de madeira não certificada “seria no mínimo abusiva e cerceadora ao direito de propriedade”.

Já a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana), responsável pela emissão do “habite-se” afirmou que o projeto de lei é “abusivo, trazendo ainda mais burocracia ao processo fiscalizatório”.Prefeitura veta Lei que obriga uso de madeira legal em construções

Marquinhos escreveu na justificativa ao veto que “a proposta do nobre vereador é salutar, porém do ponto de vista fiscalizatório ocasionará entraves quanto a questões burocráticas, podendo
prejudicar o munícipe”.

O veto total ao projeto de lei foi encaminhado à Câmara Municipal, e deverá passar por votação dos vereadores, para decidirem se aceitam ou não o veto do Executivo.

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