Está em dúvida? Saiba como a cidade vai funcionar durante greve geral

Paralisação deve atingir cerca de 50 mil trabalhadores

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Paralisação deve atingir cerca de 50 mil trabalhadores

‘Hoje eu vou comer pão murcho, o padeiro não foi trabalhar. A cidade tá toda travada, é greve de busão, tô de papo pro ar’. Hoje não, mas amanhã, sexta-feira (28), todo o Brasil estará no tom da música ‘Fermento pra massa’, do rapper Criolo. Isso porque o dia será marcado pela greve geral, uma reação dos trabalhadores às reformas econômicas do governo de Michel Temer (PMDB). Em Campo Grande não vai ser diferente. Confira como irão funcionar os locais durante o dia:

Supermercados e comércio

Não há confirmação de supermercados fechados. Ainda assim, o ritmo pode estar mais lento nesses locais, já que o Sindicato dos empregados no comércio de Campo Grande aderiu à greve geral. Segundo estimativa da Fetracom (Federação dos trabalhadores no comércio e serviços de Mato Grosso do Sul), mais de 100 estabelecimentos devem fechar amanhã. A maioria, no centro da cidade, a exemplo das lojas das ruas 13 de maio e 14 de julho.

Escolas, Ceinfs e Universidades

A Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), a ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), o Sintrae-MS (Sindicato dos trabalhadores em estabelecimentos de ensino de Mato Grosso do Sul) e a Adufms (Sindicato dos Professores das Universidades Federais no Mato Grosso do Sul) aderem à greve.

Cerca de 90% das escolas estaduais e municipais estarão fechadas, de acordo com a ACP, que esteve em campanha nos estabelecimentos durante toda a semana. A secretaria municipal de educação informou que os Ceinfs (Centros de educação infantil) estarão abertos, e que os diretores irão orientar os pais.

A UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) estará fechada, assim como a Estácio. A UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), a Annhanguera Uniderp e a Unigran funcionam, mas as provas e trabalhos valendo nota estarão suspensos.

Hospitais e postos de saúde

Os estabelecimentos de saúde têm expediente normal. Ainda assim, diversas categorias aderiram à greve e o ritmo nos locais pode ser alterado. A exemplo do Sisem (Sindicato dos Servidores Municipais de Campo Grande), que terá 1000 trabalhadores participando da greve. Hospitais também irão registrar protestos, conforme informaram os trabalhadores.Os funcionários do Hospital Regional, por exemplo, paralisam as atividades durante a manhã, mas o local funciona o dia todo.

Transporte público e aeroporto

A partir das 4h30 Campo Grande não terá transporte público. Os motoristas aderem à greve e os ônibus não saem da garagem. A paralisação ocorre por tempo indeterminado. Os sindicatos que representam os aeroviários e aeroportuários confirmaram a adesão à greve, e o movimento no Aeroporto deve ser reduzido.

Delegacias

Amanhã, as delegacias trabalham em regime de emergência. Os policiais só irão registrar flagrantes e crimes contra crianças e idosos. A adesão do Sinpol-MS (Sindicato dos policiais civis de Mato Grosso do Sul) é massiva.

Bancos e agências dos correios

Nenhuma agência de Campo Grande abre na sexta, conforme o Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região. O sindicato informou que a paralisação também atinge agências em outras 26 cidades de Mato Grosso do Sul, como Coxim, Aquidauana e Jardim.

A mesma situação ocorre com as agências dos Correios. O sindicato dos trabalhadores dos Correios afirma que o movimento atinge 28 municípios do estado de Mato Grosso do Sul, incluindo a Capital. A categoria está em greve desde quarta-feira (26).

Judiciário

O TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), a Justiça Federal, TRT (Tribunal Regional do Trabalho), o MPE-MS (Ministério Público Estadual) e o MPF-MS (Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul) funcionam normalmente. Ainda assim, o Sindjus-MS (Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul) e o Sindjufe-MS (Sindicato dos trabalhadores do Poder Judiciário Federal e Ministério Público da União em Mato Grosso do Sul), aderiram à paralisação.

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