Após chuvas, Defesa Civil monitora situação de municípios atingidos

Em Porto Murtinho, 42 pessoas ficaram desabrigadas 

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Em Porto Murtinho, 42 pessoas ficaram desabrigadas 

A Cedec (Coordenação Estadual de Defesa Civil) informou, nesta terça-feira (26), que está monitorando a situação das cidades que estão em regiões atingidas pelas chuvas e prestando atendimento às famílias desabrigadas. Os municípios de Porto Murtinho e Nioaque estão sendo acompanhados pela Cedec após as últimas chuvas.

Em Porto Murtinho, cidade a 454 quilômetros da Capital, a chuva deixou 42 moradores do bairro Cohab desabrigados, que é uma das situações que está sendo acompanhada pela Defesa Civil.

Para o coordenador-adjunto do órgão, coronel Fábio Catarineli, a inundação das casas não tem relação com o dique que cerca a cidade, para proteger da cheia do rio Paraguai. “O nível do rio Paraguai está normal, com 4,64 metros”, disse.

Conforme Franciane Rodrigues, especialista em meteorologia do Cemtec-MS (Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul), a região inundada do município registrou cerca de 40 milímetros de chuva nos últimos três dias. Devido ao volume de chuva, os canais construídos no bairro Cohab não deram conta de dar vazão e a água invadiu as casas. Segundo a Cedec, a água chegou próximo a janela das residências.

Outro município atingido pelas fortes chuvas e que está sendo monitorado pela Cedec é Nioaque, cidade a 187 quilômetros da Capital. O volume de chuva na cidade chegou a 62,4 milímetros no último domingo (24), alagando várias residências. De acordo com a Defesa Civil Estadual, a Defesa Civil do município não repassou o número de desabrigados ou desalojados.Após chuvas, Defesa Civil monitora situação de municípios atingidos

Segundo a especialista do Cemtec-MS, o tempo foi de chuva em Nioaque, chegando a cair 8,8 milímetros em cinco momentos daquele dia. No acumulado no ano, o índice pluviométrico na região de Nioaque foi de 137,2 milímetros, sendo que o esperado para o ano todo é 183,8 milímetros.

Conforme o coronel Catarineli, são verificados diariamente o nível dos rios e índices de pluviométricos. A checagem é feita com base nas informações da Sala de Situação do Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), o Cemtec-MS, e principalmente do Cenad (Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres), órgão ligado à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, do Ministério da Integração Nacional, além da Ana (Agência Nacional de Águas), onde as informações sobre o nível da água dos rios são disponibilizadas em tempo real.

“Determinamos que a Defesa Civil Estadual acompanhe a situação em todos os municípios para que possamos estar prontos para dar o suporte necessário à população atingida pelas chuvas”, afirmou o governador Reinaldo Azambuja. Em situações de risco, a Defesa Civil Estadual informa as prefeituras por telefone, e-mail ou WhatsApp da ocorrência, para que a Defesa Civil Municipal possa tomar as primeiras providências. “Mesmo a questão do primeiro atendimento sendo da responsabilidade dos municípios, a nossa Defesa Civil Estadual mantém esse monitoramento permanente para que a população atingida por esses desastres naturais seja atendida de pronto, quando o Governo do Estado for acionado”, disse.

A principal ação da Defesa Civil Estadual, segundo o coordenador-adjunto da Cedec, é o de dar apoio técnico às prefeituras na adoção das primeiras medidas, como o cumprimento das exigências pelo Governo Federal para a decretação da situação de emergência.

O governo também auxilia na entrega de cestas básicas de alimentos e o kit dormitório nos casos em que a prefeitura não tem condições de atender sozinha as famílias desabrigadas ou desalojadas. Conforme a Cedec, entre os municípios atingidos pelas chuvas, as cidades de Itaquiraí, Japorã, Eldorado, Tacuru, Amambai, Miranda, Glória de Dourados, Coxim receberam apoio técnico ou ajuda humanitária nos últimos meses.

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