Vizinho ao bar “point” de universitários também vira alvo de investigação

Novo inquérito do MPE vai averiguar denúncias de moradores 

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Novo inquérito do MPE vai averiguar denúncias de moradores 

O mais famoso ponto de encontro de estudantes da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) não anda mesmo agrandando moradores do bairro Vila Olinda, em Campo Grande. Denúncias contra a presença de estudantes em frente a um bar local, foram novamente acatadas pelo MPE (Ministério Público Estadual) e outro inquérito civil foi instaurado, desta vez, para investigar o “Restaurante da Lenir”, estabelecimento vizinho à “Conveniência e Bar Escobar”, já alvo de investigação.

O novo inquérito foi publicado no Diário Oficial, desta quinta-feira (21), e aponta as mesmas denúncias contra o “Escobar”, nome dado pelos estudantes ao ponto de encontro, localizado na esquina da Rua Montese com a Julio Anfe, investigado em inquérito publicado na terça-feira (19).

De acordo com a nova publicação, o inquérito visa apurar a regularidade jurídico-ambiental do “Restaurante da Lenir”, haja vista a representação de moradores da localidade. Segundo o texto, a população informa que “referido empreendimento produz poluição sonora, infração administrava, consistente em bloqueio de rua, deposição de resíduo sólido em via pública, perturbando o sossego.

Ambos os inquéritos foram abertos pela 26ª Promotoria de Justiça e assinados pela promotora Luz Marina Borges Maciel.

Histórico

Os bares estão localizados próximo da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso Sul) e são frequentado principalmente por estudantes da instituição. No ano passado, a obstrução da rua em frente, resultou em conflito entre acadêmicos e policiais, resultando, inclusive, no registro de boletim de ocorrência.

Na ocasião, os policiais militares disseram ter ido ao local para atender a uma ocorrência de obstrução da via, por conta de comemorações de ingresso na universidade. Os militares afirmaram ainda que foi realizada a fiscalização das documentações dos dois bares onde os estudantes estavam concentrados e que nada de irregular foi encontrado. Os policiais ainda orientaram aos proprietários para que eles não realizassem a comercialização de bebidas alcoólicas a pessoas já alcoolizadas.

Foi dada ordem de desobstrução da via e um prazo de cinco minutos para que os estudantes saíssem da rua. Passado o tempo, os militares utilizaram sinais sonoros e gás lacrimogêneo. Um estudante, que a PM considerou “agitador”, e que estaria incitando os colegas a ocuparem a via e xingando os policiais foi detido por desacato.

Segundo a Polícia Civil, na delegacia, o rapaz disse estar errado e pediu desculpa aos policiais. Ele assinou um termo circunstanciado de ocorrência e foi liberado.

Alguns estudantes questionaram o uso de gás lacrimogênio, feito pelos policiais para desobstrução da rua. Na ocasião, a assessoria de imprensa do Choque informou que o uso do equipamento estava dentro da legalidade, pois foi utilizado em local aberto para dispersar multidão.

Em 2014, uma operação da polícia encaminhou 11 viaturas para o local, também para investigar denúncia de obstrução da via. 

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