Segunda etapa da prova começou às 12 horas

Segundo dia de prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), também foi marcado por atrasos. Um imprevisto com a moto impediu que a candidata Jaqueline, de 29 anos concluísse a última etapa da avaliação que pode garantir vagas em universidades, além de bolsas de estudo. 

Eram 12 horas quando os portões fecharam na Uniderp, localizada na Avenida Ceará. Os fiscais deram alguns segundos a mais e apesar dos esforços, Jaqueline chegou poucos minutos depois e não conseguiu entrar. “Minha moto estragou na Avenida Eduardo Elias Zahran, próximo do cemitério Santo Antônio. Pedi um mototáxi e deixei a moto lá, mas mesmo assim não deu tempo”, lamenta.

Com mais sorte, a pedagoga Naila, de 31 anos, que pretende fazer vestibular para Letras, conseguiu chegar a tempo. Ela considera que a prova aplicada ontem estava razoável, mas que hoje o nível de dificuldade será maior. “Hoje é mais complicado porque tem a redação”, observa.

Almejando vaga no curso de Medicina, o candidato Cristian Centurião, de 21 anos, diz estar preparado e não vê problemas com a redação. “Percebi que o nível aumentou nos últimos anos, mas a prova de ontem estava fácil e acredito que hoje não esteja tão difícil”, declara.

O exame foi cancelado em 405 locais, e 271.033 inscritos tiveram as provas adiadas para 3 e 4 de dezembro. O MEC  (Ministério da Educação) ainda não tem previsão de quanto custará o adiamento das provas, porém, adianta que será mais que o custo estimado inicialmente de R$ 12 milhões.

Dados do MEC mostram que em todo o exame foi realizado em 16.071 locais para 8.356.215 inscritos. Ontem os candidatos fizeram as provas de ciências humanas e de ciências da natureza. De acordo com o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) neste domingo os candidatos terão de escrever sobre “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil” e terão cinco horas e meia para concluírem o exame de redação, matemática e línguas.