Vacinas contra gripe acabam e falta de estoque gera tumulto em CRS
Nesta manhã foram disponibilizadas 300 doses no CRS Tiradentes
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Nesta manhã foram disponibilizadas 300 doses no CRS Tiradentes
Com estoque limitado, as vacinas contra a Influenza (H2N3, Influenza A (H1N1) e B), continuam sendo alvos de reclamações da população. Na manhã desta quarta-feira (4), o problema gerou tumulto no CRS (Centro Regional de Saúde) Dr. Antonio Pereira, localizado no Tiradentes, na região leste de Campo Grande.
Por volta das 9 horas, funcionários do local anunciaram que as doses haviam acabado. A notícia desagradou aos que esperavam pela imunização e gerou tumulto. O aposentado Geraldo Chiapinoto, de 73 anos, é um entre os que ficaram sem a dose.
“Eu acho isso um absurdo. Chamam o povo para tomar a vacina e quando a gente vem, descobre que não tem mais. Estou desde sábado (30) tentando receber a dose e até hoje não consegui. Não sabia que teríamos de madrugar nos postos para conseguirmos a imunização”, declara.
Izeti Farias Camargo, de 71 anos, diz que esta é a segunda vez que vai a um posto para tentar se vacinar e tem de retornar para casa sem a imunização. “Ontem vim e não tinha mais. Hoje vim, a fila está imensa e já acabou. Isso não tem nenhuma organização. Ninguém nos orienta. Está um verdadeiro caos”, observa.
Até quem conseguiu senha, correu o risco de perder a vez. Este foi o caso da auxiliar de enfermagem, Maria Ratier Santos, de 52 anos, que está dentro do grupo de risco devido a profissão, e de sua mãe Thereza Ratier, de 74 anos.
“Nós chegamos cedo e pegamos a senha, mas como iria demorar fomos à farmácia comprar uns remédios para a minha mãe, quando voltamos as outras pessoas não nos deixaram voltar para a fila”, relata. Depois de uma pequena discussão, ela e a mãe conseguiram receber as doses.
Raquel Ortiz, de 34 anos, que levou o filho de 11 anos, que sofre de paralisa cerebral, também reclamou do baixo estoque. “Esta é a segunda vez que trago meu filho e dizem que não tem mais senha. Ele faz fisioterapia cedo, não tenho como vir antes e quando chego aqui, dizem que não tem mais”, lamenta.
A babá Edna Aparecida da Silva, de 44 anos, afirma que levou o menino, de 2 anos, de quem cuida, em três postos de vacinação e em todos foi informada de que não havia mais doses. “Acho isso uma pouca vergonha. Estamos rodando a cidade e nada”, destaca.
Conforme informações de funcionários do CRS Tiradentes, as senhas são entregues às 7 horas e nesta manhã foram disponibilizadas 300 vacinas. A previsão é de que mais doses sejam distribuídas nesta quinta-feira (5).
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