Usuários se surpreendem com tarifa a R$ 3,55 e reclamam do serviço
Aumento está valendo a partir desta quinta-feira
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Aumento está valendo a partir desta quinta-feira
Embora o reajuste da tarifa do ônibus, de R$ 3,35 para R$ 3,55, em Campo Grande, em vigor a partir desta quinta-feira (22), tenha sido debatido já há algumas semanas, houve usuários do transporte que foi pego de surpresa.
O comerciante Dari Fidelis, 68, que trabalha com venda de vale transporte desde os anos 1990, na Rua Rui Barbosa, parte central da cidade, disse que “muita gente” desconhecia o aumento.
“Ao ficarem sabendo do reajuste eles pediam-me um desconto, mas isso não posso fazer, já recebo pouco pelo serviço, imagine se cobrar a menos”, afirmou Fidelis, que toca uma Casa de Aviamentos.
Durante o mês, disse Fidelis, ele vende entre 400 e 200 vale transporte por dia. “Início de mês sempre vendemos mais. Hoje, teve usuário que ficou bravo com o aumento, mas a culpa não é minha”, afirmou o comerciante.
Moacir Goris, 55, também negociante de vale transporte, com ponto comercial na Avenida Afonso Pena, disse nesta manhã que “por enquanto” os usuários que o procuraram sabiam, mas reclamaram do aumento.
Goris afirmou também que logo no início da discussão acerca do reajuste do transporte coletivo pensou em parar com a atividade. “Disseram que o aumento ia para R$ 3,53 e não teríamos troco se o valor da tarifa ficasse neste valor”, contou o comerciante.
Chiadeira
A diarista Wanda Lúcia, 29, que ocupa o ônibus todos os dias, viu o reajuste como “um absurdo”. A opinião negativa, disse ela, tem a ver com a “má qualidade” do serviço.
Ana Letícia de Souza, 30, dona de casa, afirmou que o aumento só se justificaria se o “transporte coletivo da cidade fosse bom”.
Já o funcionário público Luiz Augusto, 42, também criticou o reajuste. Ele disse que não concorda com o aumento da tarifa porque os ônibus não ofertam ao usuário “nenhum conforto”.
O funcionário público revelou ainda que a mulher dele que precisa do transporte com mais frequência terá de desembolsar, com o reajuste, em torno de R$ 80 mensais a mais. “Só quem circula de ônibus sabe que o serviço não é bom”, finalizou.
Lucas Almeida, 42, consultor de venda, acha que o valor do transporte coletivo devia ficar congelado. “Não justifica esse aumento. Ônibus lotados, atrasados. Se fosse de qualidade, talvez justificasse”, afirmou Almeida.
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