Terra molhada pode ter sido causa de soterramento que matou trabalhadores

Sogro de uma das vítimas diz que escapou por pouco

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Sogro de uma das vítimas diz que escapou por pouco

Antônio Adenir Ferreira Mota, de 45 anos, sogro de Alex Almeida de Sousa, de 25 anos, que morreu soterrado na tarde deste sábado (23), junto com Daniel Marcelino da Silva, de 26, acredita que o desmoronamento foi causado pela umidade da terra.

Ele explicou que a família estava trabalhando na construção do muro da casa de Alex há alguns dias, e que ele só não foi mais um vitima, porque o acidente aconteceu por volta das 11 horas, quando ele ainda estava no serviço. “Eu ia sair do serviço e ir para lá ajudar. Só não morri também porque Deus não quis que eu estivesse aqui”, relatou.

Ainda segundo Antônio, a esposa de Daniel viu a terra desmoronado e ficou apavorada quando percebeu que os dois tinham sido soterrados. “Ele contou que na hora saiu correndo e gritando por ajuda, e que a minha filha (esposa do Alex) achou que era brincadeira no começo”, disse.

A Defesa Civil isolou o local do acidente para evitar que alguma criança caia no buraco, mas informou que não há risco de novos desabamentos se o tempo continuar firme. O único perigo é se voltar a chover.

Ainda segundo Defesa, o imóvel foi avaliado e não corre riscos. Uma outra equipe de engenheiros da própria Defesa Civil devem ir até o residencial para fazer uma análise do local e orientar os moradores sobre como as obras devem ser feitas.

Acidente

Dois jovens foram soterrados no final da manhã deste sábado enquanto faziam um muro de sustentação no Conjunto Residencial Ary Abussafi, que fica no Bairro Morada Verde, em Campo Grande. Os dois morreram. 

A rua, que tem um processo erosivo, é mais alta que o terreno, onde há um declive. Os trabalhadores estavam aterrando o local para fazer o muro. 

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