Temperatura cai 16 graus em menos de 24 horas em Dourados
Sem chuva há 29 dias, cidade enfrenta inverno seco
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Sem chuva há 29 dias, cidade enfrenta inverno seco
O frio voltou a aparecer em Dourados nesta quarta-feira (6). Em menos de 24 horas, a temperatura caiu 16 graus na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul, que fica a 228 quilômetros de Campo Grande. Às 7h42 de hoje, os termômetros registraram mínima de 14.4ºC, bem abaixo da máxima de 30.4ºC ocorrida às 13h52 de terça-feira (5). Os dados foram apurados pela estação meteorológica da Embrapa Agropecuária Oeste.
Conforme o Boletim Agrometeorológico disponibilizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a máxima registrada nesta quarta, até agora, foi 18.2ºC nos três primeiros minutos do dia. Ontem, contudo, os termômetros que apuraram 16.2ºC às 4h35, apontaram o horário mais quente do dia às 13h52, quando a temperatura chegou a 30.4ºC, 16 graus a mais do que nesta manhã.
FRIO PASSAGEIRO
De acordo com o agrometeorologista Carlo Ricardo Fietz, que atua na Embrapa Agropecuária Oeste, essa queda na temperatura é fruto de uma frente fria que já atuava no Rio Grande do Sul e chegou agora no Estado. O pesquisador pontua, no entanto, que ela deve se dissipar rapidamente, já que institutos nacionais de meteorologia preveem temperaturas crescentes até o fim de semana.
“Estava prevista essa frente fria. Vai baixar a temperatura e tem até aviso meteorológico no Inemet, mas não vai ser tão frio quanto da outra vez. A previsão dos institutos é de dois, três dias de mínimas de 7 ou 8 graus. Mas daí no final de semana a previsão indica que vai elevar de novo. Essa frente fria vai entrar e dissipar, não será como a outra”, explicou, em referência ao frio intenso do mês passado.
GEADA
Em junho, Dourados registrou as menores temperaturas deste ano. Entre os dias 12 e 13, os termômetros da Estação Meteorológica da Embrapa Agropecuária Oeste chegaram a marcar 2ºC. Naquela oportunidade, houve a ocorrência de geada de intensidade média. É esse fenômeno climático que preocupa produtores rurais da região.
Mas o agrometeorologista diz que as mínimas previstas por Inemet e Climatempo, de 6 a 8 graus, não são tão baixas a ponto de acarretarem a ocorrência de geadas. “Para nós, o importante é quando as mínimas se aproximam de 4 graus, mas não tem consenso, os institutos preveem de 6 a 8”, afirma Fietz, descartando, ao menos a princípio, riscos às culturas agrícolas do Sul do Estado.
INVERNO SECO
O pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste lembra ainda que o inverno deve ser seco nessa região. Atualmente, Dourados contabiliza 29 dias sem chuvas. “Deve chover um pouco, mas muito pouco. Esse período de deficiência hídrica vai continuar, porque faz parte do nosso inverno”, explica.
Segundo Fietz, julho e agosto são os dois meses mais secos na região, com média histórica de 50 e 45 milímetros de chuva, respectivamente. “Essa falta de chuva é típica do nosso inverno”, reforça. Em junho, segundo boletim agrometeorológico escrito pelo pesquisador, choveu apenas 44 milímetros em Dourados, “60% da média histórica deste mês, 72mm”. Para esta quarta-feira, contudo, o Climatempo prevê 5 milímetros de chuva na cidade.
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