Ponto turístico da cidade, Lago do Amor está ‘morrendo’ e urbanização é a culpada
Expectativa de vida do lago não chega a 2030
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Expectativa de vida do lago não chega a 2030
Ponto de encontro para casais apaixonados e muitos ‘tererezeiros’ de Campo Grande, o Lago do Amor está com o anúncio de extinção a cada dia mais próximo. Levantamento feito por pesquisadores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) aponta que a ação do homem está gerando impactos negativos no local. Por causa disso, estudiosos afirmam que a expectativa de vida do lago não chega a 2030.
Nesta terça-feira (1°), especialistas e alunos do curso de Engenharia Ambiental percorreram a área do lago em um barco, afim de fazer a medição local. O objetivo é comparar os dados às análises já existentes.
“O lago do amor está morrendo e a expectativa de vida diminui a cada ano, principalmente, por causa da urbanização nas áreas próximas”, relata o professor Teodorico Sobrinho, responsável pelo estudo.
O mestrando em Saneamento Básico e Recursos Hídricos, André Almagro, lembra que desde que foi criado, em 1968, a área do Lago do Amor diminuiu 37%. Em 2008, dados foram coletados e confrontados mais tarde, em 2014. Seis anos depois, especialistas constataram que o local havia diminuído 37% em área e 26% em volume de água.
Segundo André, em 2014, a expectativa era que o lago sobreviveria até 2032, mas agora as coisas não são tão animadoras. “Estamos medindo para ter uma ideia mas, infelizmente, a expectativa pode ser bem menor porque o lago está acabando”, afirma.
De acordo com os pesquisadores, um dos causadores dos impactos ambientais é a falta de políticas públicas de contenção de sedimentos. O estudante lembra que com as chuvas, a enxurrada leva todo o lixo da região para o Lago do Amor, aumentando assim os prejuízos.
Nesta tarde foi usado um perfilador acústico com GPS para medir o assoreamento do lago. “O aparelho emite ondas sonoras que batem no fundo do lago e voltam, possibilitando assim, que a equipe possa saber o tamanho da área e volume”, explica. O aparelho que pertence a UFMS custa cerca de 120 mil dólares.
Com as informações coletadas, os especialistas vão poder fazer uma nova previsão de vida do lago. “A gente joga os dados em um software para comparar as informações e fazer uma maquete digital do lago, para assim, verificar as áreas com mais assoreamento, igual em anos anteriores”, completa.
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