Polícia adia depoimento de suspeito de aplicar golpe para analisar ‘novos documentos’

Empresário teria ganho mais de R$ 100 mil e abandonado obras

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Empresário teria ganho mais de R$ 100 mil e abandonado obras

 

O depoimento do proprietário da empresa CasaSanta Reformas, Elieser de Eliseu Simões, que seria na tarde desta terça-feira (26) em Campo Grande, foi adiado para segunda-feira (1º). O advogado teria apresentado documentos que serão investigados pela polícia.

Elieser é suspeito de receber para fazer piscinas na Capital, receber o dinheiro e não terminar obra. Um dos clientes diz que chegou a perder quase R$ 25 mil. O golpe, segundo a delegada responsável pelo caso, Daniela Kades, passa de R$ 100 mil.

O empresário seria ouvido nesta terça-feira, mas o advogado foi a delegacia ontem (25) buscar os documentos do inquérito policial, aberto por seis pessoas, e teria entregue outros documentos. “Ele apresentou alguns documentos. Vamos analisar primeiro, por isso foi adiada para semana que vem a oitiva”, explicou a delegada a equipe de reportagem do Jornal Midiamax.

A equipe entrou em contato com Elieser, mas o advogado, segundo ele, não quer comentar sobre o caso e preferi manter sigilo.

Sobre o caso

O empresário foi contratado para colocar piscinas em várias residências. Segundo a delegada, 11 pessoas procuraram a delegacia para abrir boletim de ocorrência contra Elieser.

Polícia adia depoimento de suspeito de aplicar golpe para analisar 'novos documentos'Uma dessas clientes é a estudante de Arquitetura, Ana Cláudia Portela, de 23 anos. “A gente contratou ele para reformar a piscina em fevereiro. Ele acabou nos convencendo a construir uma nova. Ele era bom de lábia. Nós assinamos o contrato e passamos mais de R$ 6 mil de entrada, no total. Ele construiu a estrutura, bem mal feita, sem coluna, e sumiu em junho. Ia um dia, sumia uma semana, até sumir e não atender o telefone”, cita.

A explicação para a paralisação dos serviços, segundo Elieser, é que a maioria dos clientes não pagou e por isso a obra foi parada. “Cada cliente é um caso de execução. Cada construtor tem seu estilo. Cada tipo de piscina tem seu revestimento. E sem pagamento vai fazer obra como?”, pontua. 

A delegada responsável pelo caso afirma que Elieser tem passagem por ameaça, vias de fato e violação de direitos autorais.

O homem também foi preso em 2010 após uma perseguição que durou quase quatro horas. Os policiais dispararam mais de 10 tiros atingindo na lataria do veículo. Os policiais afirmaram, na época, que o rapaz chegou a jogar o veículo contra uma viatura, pertencente ao 1º Batalhão. Elieser foi liberado depois de pagar uma fiança de R$ 400,00.

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