Pacientes fogem de postos e buscam Santa Casa para tratar H1N1

Demanda espontânea agrava superlotação em hospital

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Demanda espontânea agrava superlotação em hospital

Os 32 óbitos provocados por gripe A em Mato Grosso do Sul, em um período no qual a saúde publica não esperava registros de influenza, associados aos casos de pacientes com sintomas de H1N1 que morreram nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), deixaram a população em pânico. Em Campo Grande, a Santa Casa, apesar de não ser referência em infectologia, tem recebido demanda espontânea de pessoas que optam por não buscar atendimento nas unidades de saúde.

A infectologista Priscila Alexandrino, explica que a previsão era de que as notificações da doença tivessem início em junho, no entanto, em janeiro, a Santa Casa já havia registrado um caso de influenza, e o número continuou a subir com outros quatro em março, 38 em abril e 47 em maio.

“Não esperávamos isso nesse período. Tratamos de H1N1 enquanto ainda estávamos resolvendo o problema da dengue. Tivemos uma demanda espontânea muito grande. Pedimos para que a população procure primeiramente o tratamento nas unidades de saúde e que venham para a Santa Casa os caos mais graves opu que tenham o encaminhamento”, orienta.

Dados divulgados nesta manhã, mostram que recentemente 24 pessoas foram notificadas com suspeita de H1N1, mas de acordo com os registros, seis foram negativadas.

Outros 13 pacientes com sintomas de H1N1 ainda aguardam resultado de exame, dois casos confirmados estão na enfermaria e outros três, uma amenina de um ano e dois homens, de 43 e 61 anos, permanecem em tratamento no CTI (Centro de Terapia Intensiva).

O médico e diretor técnico da Santa Casa, Mário Madureira, observa que as demandas espontâneas de paciente com gripe agravaram o problema de superlotação do hospital. Segundo ele, todos os dias, ao menos um paciente com gripe dá entrada no Pronto Socorro do Hospital e precisa aguardar por um leito de isolamento.

Na manhã desta sexta-feira (16), 16 pacientes da ortopedia também estavam nos corredores do Pronto Socorro a esperava de um leito. “Hoje estamos com 100% dos leitos ocupados”, frisa. O número inesperado de notificações de gripe também resultou no aumento de mais de 200% o consumo de antibióticos no hospital.

De acordo com o protocolo seguido na Santa Casa, todos os pacientes que chegam com suspeita de gripe A passam a ser tratados imediatamente com o Tamiflu, realizam o exame, que por conta da demanda é concluído no prazo de até quatro dias. Os casos confirmados são isolados e dependendo da gravidade da doença são encaminhados para o CTI.

O médico e diretor técnico da Santa Casa, destaca que atualmente o hospital conta com 2.300 comprimidos de Tamiflu, que seriam suficientes para tratar entre 100 e 200 pacientes. A capacidade altera conforme as idades dos pacientes, que podem depender de mais ou menos medicamento.

Medidas de prevenção

Cobrir o nariz e a boca com lenço, ao tossir ou espirrar, e descartar o lenço no lixo após uso.

Lavar as mãos com água e sabão após tossir ou espirrar.

No caso de não haver disponibilidade de água e sabão, usar álcool gel.

Evitar tocar olhos, nariz ou boca.

Evitar contato próximo com pessoas doentes.

Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas.

Manter os ambientes bem ventilados.

Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de influenza.

Evitar sair de casa em período de transmissão da doença.

Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados).

Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.  

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