Mãe cria rifa online para tratamento inovador de filho com paralisia cerebral

Pedrinho precisa de tratamento em Londrina

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Pedrinho precisa de tratamento em Londrina

Curiosa. É como Milena Gunther, 35, vendedora autônoma, define a si mesma. E foi a curiosidade que fez com que ela, que cuida do filho mais novo Pedro, de 4 anos – diagnosticado com paralisia cerebral -, fosse buscar informações sobre tratamentos que experimentam novas tendências na saúde. O problema? Os custos para os procedimentos, que tem como base tratamentos de outros países com uso de células-tronco, ainda não regulamentado no Brasil. Foi então que Milena resolveu criar uma “rifa online”, com o objetivo de arrecadar R$ 10 mil.

Acesse o site da rifa e contribuia aqui.

“Na verdade, eu já tinha visto essa ferramenta da rifa online, muito moderna, muito atual, é a vibe hoje, essa comunicação rápida, meio dinâmica, aproveitei pra experimentar pra ver como funciona, é muito legal a resposta que a gente tem das pessoas o carinho, a solidariedade e realmente a gente faz por amor ao filho. Muita gente ainda prefere a rifa da maneira tradicional e como a gente precisa arrecada um valor bastante alto vamos transpor alguns números para o papel e lançar esses números online”, contou.

 
Pedro foi diagnosticado com 11 meses, conforme explicou Milena. O bebê nasceu prematuro, com 28 semanas. “Descobrimos com 11 meses, porque ele era muito pequeno, nasceu com um quilo e trezentos e a gente faz fisioterapia, eu sempre fui muito curiosa, eu sempre faço o que tem que fazer pra que ele possa ter o melhor desenvolvimento que ele puder ter. Quando ele chegar com 15 anos, não vai ter a conversa de ‘ah a situação seria melhor se tivesse feito algo quando era pequeno’ com 15 anos ele vai ser melhor que ele tiver que ser, se chegar num nível e não tiver pra onde ir ele via estar no melhor que dá pra ele estar, e tentamos oferecer pra ele as melhores condições”, conta ela.

O tratamento

 

A clínica que Milena pretende levar Pedro fica em Londrina, no Paraná. O local trabalha com a chamada “medicina ortomolecular” que “busca o equilíbrio global do organismo ( corpo e mente), através de uma medicina mais fisiológica e natural, buscando compreender a fundo os desequilíbrios e deficiências do nosso organismo”. A família busca o atendimento de Leonardo Higashi, neuropediatra, especialista em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia.

Apesar de basear-se em princípios do tratamento com células-tronco, os procedimentos do tipo ainda não são regulamentados no Brasil. Esse tipo de tratamento leva em conta células que, sob determinadas condições, podem se multiplicar e se transformar em outras no corpo humano, como uma espécie de matriz. O Ministério da Saúde permite o procedimento em casos como Leucemia e outros tipos de câncer, com a justificativa de que outras doenças não tem a eficácia do tratamento comprovada.

China e Tailândia – que Milena classifica como “sonhos” – são países que despontam nesse tipo de tratamento. Um tratamento na Tailândia custa 130 mil, é nosso sonho ainda, mas podemos tirar muitas dúvidas até que tenhamos recursos aqui no Brasil com esses estudiosos [Leonardo Higashi]. Senti confiança nele, na clínica, ele faz uma avaliação, dura mais ou menos 4 horas”. Por enquanto, a mãe curiosa deixa os dois países como planos futuros. O próximo destino, assim que arrecadar a quantia necessária, é Londrina.

 

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