Falta de agulhas e insulinas nos postos de saúde traz despesa de $200 para pacientes
Situação não foi explicada pela prefeitura
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Situação não foi explicada pela prefeitura
A dificuldade em encontrar remédios nas unidades públicas de saúde da Capital tem deixado pacientes apreensivos, principalmente os que dependem de medicação diária como os diabéticos. A situação preocupa não só a saúde do paciente, mas também financeiramente, pois precisam desembolsar cerca R$200 mensais em despesas com aplicações.
A saga pela busca de agulhas e insulina nos postos, denunciada por uma mãe na última quarta-feira (27) é real e já atinge outros pacientes. Como é o caso de um aposentado de 70 anos, que depende há dez do medicamento. Nos últimos dias não tem encontrado as aplicações e está com sua saúde em risco. Sua esposa, a empregada doméstica Neide Maria Dias Moreira, de 63 anos procurou a equipe do Jornal Midiamax para denunciar a sua peregrinação diária nas unidades de saúde.
Desde sexta-feira (29), Neide percorreu pelo menos quatro postos à procura do medicamentos e em todos ouviu que está em falta. “Chega ser engraçado porque um fica jogando para o outro dizendo ter em outra unidade, mas nunca tem”. A empregada doméstica depende de ônibus e chegou até mesmo a ligar na Secretaria de saúde para não “perder a viagem”. Segundo ela, atendente informou que no CEM (Centro de Especialidades Médicas) teria, mas chegando ao local observaram que a receita do medicamento era da UBS (Unidade Básica de Saúde) do Caiçara e não a quiseram atender.
“Falaram que não tem e que mesmo assim só poderia pegar lá onde me receitaram. Como que podem negar medicamento assim? Meu marido pode morrer sem as aplicações e ainda querem escolher para quem distribuir? Se tivesse na unidade próximo de casa eu não estaria procurando outras alternativas”.
A esposa conta que não é a primeira vez que acontece essa situação e que por não ter condições financeiras precisou contar com auxilio financeiro da patroa. O marido necessita de duas aplicações diárias, despesa que ao fim do mês soma cerca de R$200 com agulhas e frascos de insulina. “Somar esse valor com aluguel e contas de casa, pesa demais. Eu fico me perguntando cadê o dinheiro dos diversos impostos que pagamos? Onde estão investindo?”.
O Jornal Midiamax entrou em contato pela segunda vez com a Prefeitura de Campo Grande sobre a situação dos medicamentos, mas não obteve resposta.
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