Senador Waldemir Moka afirma ter garantido R$ 300 mil do MinC

Após ter sido parcialmente interditada pelo Corpo de Bombeiros no último dia 28 de dezembro, a Casa do Artesão já está em vias de pedir uma nova vistoria e voltar a funcionar em sua totalidade. No local, já foram substituídas telhas quebradas e madeiramento de vigas e do forro, que apodreceu devido à infiltração d'água. A árvore que fica na calçada da Avenida Afonso Pena – apontada como a responsável por danificar o telhado – também foi radicalmente podada pela Energisa, proporcionando mais iluminação e visibilidade do prédio inaugurado em 1923.

Com a interdição parcial, o prédio também foi notificado e multado em R$ 1092,00. O principal acesso ao prédio foi fechado, restando apenas a entrada lateral, mas a Casa funcionou normalmente desde então, recebendo bastante turistas. Nesta época do ano, alta estação, o número de visitas do prédio costuma aumentar em cerca de 30%, segundo a gestora do local, Eliane Torres. “Já tivemos pico de mil pessoas por dia, mas diariamente o número varia de 500 a 700 pessoas. Mas, nas férias, o número é bem maior”, relata.

o secretário estadual de Cultura, Athayde Neri, visitou o local no último dia 28 de dezembro e afirmou que seria necessário abrir uma licitação de emergência para efetuar os reparos. Mas, a obra já teve início no dia 2, sempre no horário noturno, após o fechamento do local. “Precisamos fazer, agora, algumas alterações na sinalização de segurança, mas assim que terminarem os reparos, dá para pedir a nova vistoria”, afirma Eliane.

Revitalização

A interdição da Casa do Artesão revelou que os problemas óbvios do prédio a olho nu – fachada com a pintura descascando, falta de manutenção e as infiltrações que motivaram a interdição – eram apenas a ponta do iceberg. O problema das vigas de madeira que apodreceram era mais grave, pois oferecia riscos aos visitantes. Todavia, a Casa do Artesão também não tinha o certificado de vistoria do Corpo de Bombeiros, documento que anualmente deve ser atualizado. A última reforma aconteceu em 2002.

A gestora da Casa do Artesão também menciona uma revitalização completa do local, possivelmente para o segundo semestre de 2016, orçada em R$ 250 mil. “Existe uma emenda do senador Waldemir Moka que vai destinar a verba para uma revitalização completa daqui”, afirmou. De fato, a emenda, empenhada em 2012, existiu. Porém, foi cancelada em meados de 2015, devido à necessidade de contenção de despesas pelo governo Federal.

Todavia, de acordo com a assessoria de imprensa do senador, uma quantia extra-orçamentária de R$ 300 mil, originária do MinC (Ministério da Cultura), já foi empenhada para ser empregada na revitalização do prédio. Mas, para ter a quantia liberada até março deste ano, a Secretaria Estadual de Cultura precisa reenviar ao MinC um projeto detalhando as intervenções. De acordo com o gabinete do senador, o secretário Athayde já foi comunicado.

A Casa do Artesão reúne artesanato local (Luiz Alberto)

 

Casa, banco e loja

A Casa do Artesão começou a ser construída em 1918 e foi finalmente inaugurada em 1923, com o objetivo de ser morada e comércio. No entanto, em 1924, tornou-se a sede do primeiro Banco do Brasil na cidade. Naquela década, recebeu um cofre importado da Alemanha, que encontra-se em exposição no local. Em 1975, tornou-se a Casa do Artesão, um local que comercializa obras de artesãos locais. Recebeu reformas  em 1990 e em 2002.

O prédio é administrado pelo governo do Estado e tombado como patrimônio histórico estadual. Ele fica na esquina das Avenidas Calógeras e Afonso Pena e funciona das 8h às 18h (segunda à sexta) e das 8h às 12h (sábados).