Bebê nasce após 10 meses de gestação e família denuncia negligência de hospital

Criança ficou em estado grave

Arquivo – 31/05/2016 – 01:23

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Criança ficou em estado grave

Na última quinta-feira (26), uma bebê nasceu em Três Lagoas, cidade a 338 quilômetros de Campo Grande, após mais de 10 meses de gestação. A mãe, de 15 anos, teria feito exames e pré-natal, mas a família afirma que o hospital se negou a fazer o parto mais de uma vez.

Por conta do tempo extrapolado de gestação, a bebê teve uma complicação e pode ter ingerido o mecônio, primeiras fezes do recém-nascido. O nascimento ocorreu no Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, mas conforme relato da tia da adolescente, médicos já teriam se negado a realizar o parto.

Conforme denúncia feita pela mulher ao site do município, Rádio Caçula, a adolescente deu entrada no hospital no dia 25, com fortes dores, e o médico teria se negado a fazer o parto. “Foi o maior sofrimento. Já havia passado do tempo de nascer e, mesmo assim, eles insistiam para que ela tivesse o filho ‘normal’. Somente no outro dia, com a troca de plantão médico, decidiram fazer cesárea. Por conta disso, a bebê veio com sérios problemas e precisou ser transferido para Campo Grande”, contou a familiar.

Além disso, há informação de que, por duas vezes, a médica responsável pelo pré-natal da adolescente a encaminhou ao hospital para que ocorresse o parto, mas o hospital não realizou o procedimento. As consultas médicas durante a gestação ocorreram no posto de saúde do bairro onde a adolescente mora.

O estado de saúde da bebê é considerado grave ela está em uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Capital. “Vou até o fim, pois o que aconteceu com a minha sobrinha poderá acontecer com outras mulheres se nenhuma medida for tomada. Destruíram o sonho de uma família por falta de compaixão e isso nos gera revolta”, disse a tia.

A família ainda afirma que pretende levar o caso à polícia e também para o Judiciário. Em nota ao site local, o hospital de Três Lagoas informou que “todos os procedimentos necessários foram realizados, inclusive após a cesária, onde a criança foi transferida”.

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