Atentados e prisões ampliam preconceito que já existe, dizem islamitas na Capital

Alguns vêem situação como tentativa de ‘destruir’ religião

O preconceito contra a comunidade islâmica se torna mais evidente em tempos de noticias sobre atentados terroristas pelo mundo e em Campo Grande, que tem uma comunidade com origem no Oriente Médio de tamanho razoável, não é diferente. A equipe de reportagem do Jornal Midiamax presenciou uma situação de preconceito no centro da cidade em que um grupo de muçulmanos estava parado na calçada e um outro grupo de pessoas passou e indagou ‘onde seria o atentado’.

Para o médico e empresário Mafuci Kadri, presidente honorário da Sociedade Beneficente Islâmica de Campo Grande, existe o preconceito e a mídia internacional é tem grande parcela de culpa. “A mídia internacional cita o islamismo e fala sobre Estado Islâmico como se fosse a mesma coisa, quando na verdade não é isso. O islamismo não prega destruição, não prega essa separação que eles estão falando. A verdade é que o Estado Islâmico é um grupo de pessoas desequilibradas”, afirmou.

Para Marzuk Hauauche, sírio membro comunidade islâmica, atentados terroristas são atos de criminosos sem religião. “O Islam não incentiva a violência e proíbe a agressão, a não ser em legitima defesa. A religião do Islam nos ensina a sermos amáveis com as pessoas”, disse. Sobre a relação com os vizinhos da mesquita ele afirma que a relação é harmoniosa “Existe um respeito mútuo aqui em Campo Grande, e os grupos terroristas estão tentando manchar nossa religião pelo mundo”, concluiu.