Terenas comemoram 7 de Setembro com apoio a índios em área de conflito

Ato ocorreu em aldeia de Miranda

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Ato ocorreu em aldeia de Miranda

Indígenas da etnia Terena fizeram uma manifestação de apoio aos guaranis e kaiowás que estão na área de disputa de terras em Antônio João, a 402 quilômetros de Campo Grande. O ato foi realizado na manhã desta terça-feira (1º), durante a abertura da Semana da Pátria, na Aldeia Cachoeirinha, em Miranda, distante 203 quilômetros da Capital.

De acordo com o professor Celinho Belizário, foi feita uma manifestação de apoio a luta dos guaranis kaiowás e uma palestra no pátio da escola para 300 alunos com idades a partir dos 14 anos.

Belizário diz que a palestra abordou os temas preconceito, direitos indígenas e a morosidade do governo brasileiro com relação a demarcação de terras indígenas. “Nossa intenção é de trazer para o espaço a realidade e o que está acontecendo com a luta indígena para sair do estereótipo de invasão de terra. Porque para nós são retomadas de terras tradicionais”, diz.

Morte

O indígena Semião Fernandes Vilhalva, de 24 anos, foi morto durante confronto com fazendeiros, no sábado (29). De acordo com o delegado Bruno Maciel, da PF (Polícia Federal) o exame necroscópico que vai apontar a causa exata da morte deve ficar pronto ainda nesta semana. Testemunhas também devem começar a ser ouvidas ainda nesta segunda para confirmar algumas informações.

Ocupação

As ocupações na terra indígena começaram na madrugada do dia 22 de agosto, quando um grupo de indígenas entrou na Fazenda Primavera. Desde então, o clima de insegurança se instalou na cidade, com indígenas acusando produtores rurais de espalharem boatos, para causar pânico e ruralistas afirmando que os índios não têm o direito de ocupar as propriedades rurais.

Os indígenas ergueram acampamentos em cinco propriedades: Primavera, Pedro, Fronteira, Barra e Soberania. Restam apenas duas fazendas para serem retomadas.

Na segunda-feira (31), o governo estadual assinou um pedido de Garantia de Lei e Ordem, à presidente da República, Dilma Rousseff (PT), para que mais equipes do Exército sejam enviadas ao local. A intenção, segundo o Executivo Estadual, é restabelecer o diálogo na região.

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