Sem-teto invadem casas desocupadas e caso acaba em confusão
Invasores alegam que casas estão abandonadas
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Invasores alegam que casas estão abandonadas
Uma invasão em casas desocupadas no Residencial Celina Jallad, Portal Caiobá, região sudoeste da cidade, foi motivo de discussão entre proprietários e invasores, necessitando a intervenção da Guarda Municipal e de agente da Emha (Agência Municipal de Habitação), para conter os ânimos e evitar agressões físicas.
Uma das invasoras alega que a casa estava abandonada e que a contemplada não precisa do imóvel, porque ainda não se mudou, mesmo recebendo a chave há mais de 20 dias. O motivo também é usado por outros invasores, que conversaram com a equipe de reportagem do Jornal Midiamax.
Segundo os moradores, o número de casas invadidas no local passa de 100. Já o diretor-presidente da Emha, Dirceu Peters, disse ter informação de que apenas 14 residências estariam nessa situação. Os moradores também alegam que algumas casas estão sendo alugadas, vendidas e trocadas por móveis e até motocicletas.
“Eu sei de casa que está sendo alugada por R$ 400. Eu não concordo com as invasões, mas quem ganha o imóvel tem de mudar imediatamente. Eu peguei as chaves num dia e no outro estava aqui, porque desde a primeira reunião eles recomendaram que mudássemos imediatamente para não correr o risco de invasão”, explica Elaine Cristina da Silva, de 34 anos, funcionária pública, que mora no imóvel com as duas filhas, de 7 e 13 anos.
Paula Correia da Silva, que com a mãe, os quatro irmãos e os dois filhos, invadiu uma das residências, alegou que a família deixou a casa onde morava de aluguel para entrar numa casa que estava abandonada pela proprietária. Paula disse que os donos não precisam do imóvel, por isso não se mudaram até agora e também denuncia que a proprietária teria mais três imóveis em seu nome.
“Ela veio aqui, batendo no peito e dizendo que tem mais três casas de aluguel. Falou que vai tirar a gente daqui e vender essa casa”, reforçou.
A dona do imóvel, Joseane da Costa Soares, de 29 anos, autônoma, afirmou que ainda não se mudou para o novo imóvel porque precisava cumprir o contrato de aluguel e não tinha condições de arcar com a multa de rescisão. A proprietária também alegou que a casa não estava abandonada e que já estavam providenciando ligações de água e luz para o local.
Questionada sobre as acusações dos invasores, de que teria mais imóveis, o marido, Luiz Rogério Conceição, de 31 anos, coletor, afirmou que é falsa. “Essa é a única casa que temos e já vamos nos mudar hoje mesmo, para que ninguém mais tente tomar o que é nosso por direito”.
Peters atribuiu a seleção dos beneficiados à gestão passada e disse que ainda não sabe como se pronunciar a respeito das invasões e acusações de irregularidade. O diretor-presidente afirmou que a Guarda e a Emha vão continuar retirando os invasores e que os mesmo serão punidos com a exclusão no processo seletivo.
Sobre a mesma pessoa possuir mais de um imóvel popular, Peters diz que esse é um argumento comum usado pelo invasores, mas que não há como provar que realmente aconteça. “A única forma de sabermos se isso realmente acontece é essas pessoas que denunciam, pegarem o nome dos que cometem as irregularidades e trazerem para que a Emha avalie. Mas essa seleção passa pelo crivo da Caixa Econômica Federal. As pessoas não são escolhidas na primeira lista que a gente manda e quem faz a seleção final é a Caixa”, afirma.
O primeiro grupo a receber as chaves, em torno de 680 famílias, no dia 10 deste mês, tem até 30 dias para ocupar o imóvel, caso contrário, o contemplado perde o direito a moradia e casa passa por novo sorteio. A demora de muitos beneficiados em ocupar o imóvel é justamente a causa das invasões.
Notícias mais lidas agora
- ‘Discoteca a céu aberto’: Bar no Jardim dos Estados vira transtorno para vizinhos
- Carreta atropela mulher em bicicleta elétrica na Rua da Divisão
- Papai Noel dos Correios: a três dias para o fim da campanha, 3 mil cartinhas ainda aguardam adoção
- VÍDEO: Motorista armado ‘parte para cima’ de motoentregador durante briga no trânsito de Campo Grande
Últimas Notícias
Projeto manobrado por bancada da bala facilita acesso a armas por condenados
Ele escolheu um apensado que vai na contramão do projeto original
Assembleia define ações contra Agepen e policial penal decidirá por horas extras
Mobilizações são em cobrança pela demora da estruturação da carreira da Polícia Penal
CNDI aprova moção crítica à elevação dos juros pelo Banco Central
A elevação da Selic para 12,25% ao ano foi criticada pelo setor produtivo
Investigação do RS contra lavagem de dinheiro do narcotráfico tem mandado cumprido em MS
A ofensiva contou com apoio operacional de 200 policiais civis gaúchos e de outros quatro Estados
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.