População protesta contra fechamento de acesso ‘irregular’ a cidade de MS
Entradas irregulares de Nova Alvorada do Sul devem ser fechadas
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Entradas irregulares de Nova Alvorada do Sul devem ser fechadas
Moradores, comerciantes e políticos se reuniram na manhã desta terça-feira (2), na entrada de Nova Alvorada do Sul, distante 120 quilômetros de Campo Grande, para impedir o fechamento das entradas ‘irregulares’ que permitem acesso ao Bairro Três Fronteiras, onde além da população local, estão situadas indústrias e a Secretaria Municipal de Obras.
Segundo a vereadora, Rosana Pinheiro (DEM), que participou do protesto, cerca de 40 pessoas se reuniram na entrada da cidade. “Não podemos deixar que eles fechem. A população seria prejudica, os alunos teriam de andar 2 quilômetros a mais para chegar a escola, além disso, aqui existem restaurantes, hotéis e outros comércios que teriam de fechar as portas se isso acontecesse”, observa.
Apesar da manifestação, alguns moradores apoiam o fechamento dos acessos irregulares. Este é o caso do empresário Leandro Medina, de 30 anos. “Sou a favor porque essas entradas já provocaram vários acidentes. Existem tantas outras questões mais importantes para protestar”, critica
De acordo com o assessor jurídico da prefeitura, Acrísio Venâncio da Cunha Filho, a notificação sobre o fechamento foi recebida nessa segunda-feira (1º). Ele garante que nesta manhã a Prefeitura vai protocolar uma ação junto a Justiça Federal de Dourados para que possa suspender a determinação sobre o fechamento dos acessos irregulares.
“Vamos entrega à Justiça e esperar o resultado da liminar. São mais de 400 trabalhadores só na Secretaria Municipal de Obras, além de outros 900 que trabalham nas empresas e também dos moradores. Somo a favor do fechamento das entradas desde que seja construída uma passarela, um viaduto ou túnel que facilite o acesso dessas pessoas”, pontua.
Filho ressalta que entrou em contato com a CCR MSVia, responsável pela administração, reforma e duplicação da BR-163, e conseguiu suspender o trabalhos. Ele relata ainda que a população se reuniu para arrecadar recursos para que seja feito um estudo sobre as sugestões para a área.
“O sindicato rural, a Câmara de vereadores, os comerciantes e muitas outras pessoas se reuniram para arrecadar a quantia necessária para que o estudo seja feito para que depois possamos solicitar a alteração do projeto de execução do local, incluindo essas sugestões”, explica.
Claudeir Mata, responsável pelas relações institucionais da CCR MSVia, alega que suspendeu o trabalho de fechamento dos acessos irregulares até que haja uma reunião com o município, “para que juntos possam discutir a melhor alternativa para a área”.
“Existe uma determinação da ANTT [Agência Nacional de Transportes Terrestres] e do Dnit [Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes] para que façamos as mudanças considerando a segurança dos usuários da rodovia”, justifica. Até o momento, a reunião não foi agendada e conforme a determinação, o trabalho deve ser executado até o dia 12 deste mês. Os manifestantes deixaram a rodovia, no entanto, prometeram retornar, caso as equipes da CCR MSVia volte ao local.
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