População amarga espera em postos de saúde com greve dos médicos
Espera por atendimento passa de cinco horas
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Espera por atendimento passa de cinco horas
Com a deflagração da greve dos médicos neste sábado (15), a população da Capital tem amargado uma longa espera nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) por atendimento médico.
O embalador, de 59 anos, Francisco Vicente, chegou ao UPA Universitário às 7h30 da manhã deste domingo (16), e disse que logo que chegou ao posto foi informado da demora. “Avisaram que iria demorar por causa da greve dos médicos, e os casos mais urgentes seriam passados na frente”, fala Francisco que relata não ter conseguido dormir à noite por causa das dores no peito e garganta. “Vou ter de esperar não tem outro jeito, mas concordo com a greve por que os médicos precisam ser respeitados”, enfatiza.
Adriano da Silva, de 23 anos, com dores pelo corpo e cabeça também procurou ajuda na unidade de saúde, mas já sabe que terá de esperar muito para ser atendido. “Acho errado esta greve, as pessoas estão passando mal e não tem ninguém para atender”, fala. O encarregado de serviços gerais, de 49 anos, Wilian de Araújo chegou ao posto com fortes dores de cabeça e nas costas. “Vou ter de esperar, não tem outro jeito, e acho errada a greve porque prejudica muito a população que precisa do atendimento”, diz.
Com a greve, apenas 30% do efetivo deve manter os trabalhos nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e CRSs (Centros Regionais de Saúde). Durante a paralisação os médicos cumprirão a carga horária de trabalho dentro das UBSs (Unidades Básicas de Saúde) porém, realizarão apenas atendimentos de urgência e emergência.
Greve
A greve da categoria já é a segunda neste ano. A primeira ocorreu em maio, quando os profissionais paralisaram por 18 dias. Desde o retorno um dos pontos acertados entre a Prefeitura e a categoria seria o pagamento dos salários até o quinto dia útil de cada mês. Mas, em virtude do escalonamento dos salários anunciados no dia 14 de julho pela Prefeitura, os profissionais que recebem acima de R$ 7 mil, teriam os salários depositados entre os dias 18 e 21 de agosto, a categoria resolveu por uma nova paralisação.
O secretário da Semad (Secretário Municipal de Administração), Wilson do Prado, teria anunciado neste sábado (15) a antecipação dos pagamentos dos médicos para a próxima segunda-feira (17), o retorno dos plantões eventuais, mas apesar da proposta, os médicos decidiram pela paralisação, já que de acordo com o Sinmed/MS (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul), as propostas não atendem a categoria.
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