Autorização seria para descarte de galhos e folhas

Armário de banheiro, copos descartáveis, garrafas pet, isopor, latas de cerveja, pneus, poltronas velhas e até mesmo vaso sanitário são alguns tipos de lixo jogados por moradores, na Rua Taiana, entre as ruas Iguana e Fanorte, próximo da UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família) do Jardim Tarumã, na região sudoeste de .

Segundo relatos, o lixo começou a ser acumulado no local há pouco mais de duas semanas, depois que a praça foi limpa. A sujeira da grama foi depositada na rua e no mesmo local os moradores passaram a jogar tudo que estava sobrando e que não era mais utilizado nas residências, obstruindo parte da via de mão dupla.

O promotor de eventos José Vieira, de 46 anos, destaca que a situação incomoda principalmente quem mora próximo do local. “É ruim. A gente ouve falar tanto sobre a dengue e os próprios moradores ficam jogando lixo que pode servir de proliferação do mosquito [Aedes aegypti]”, ressalta.

A moradora Francisca Ferreira, de 61 anos, diz que falta conscientização. “A gente previne a dengue em casa, mas se o outro não cuida, não adianta nada. Eles vêm de noite jogar a sujeira. Acham que aqui virou depósito de lixo. Tem muita coisa errada”, afirma. Além da grande quantidade de lixo, em frente da residência onde mora, a dona de casa reclama da árvore de jamelão, que segundo ela, é utilizada como moradia de morcegos.

“Aqui de noite é muito ruim porque tem um monte de morcegos morando aí. Já reclamei na Prefeitura e ninguém faz nada. É complicado”, lamenta. O pedreiro José Grisante, de 47 anos, observa ainda que os entulhos dificultam a passagem de veículos. “A via é de mão dupla e fica ruim quando chega nesse trecho porque o lixo ocupa um lado da via”, enfatiza.

Valoracir Antunes, de 56 anos, confessa que jogou galhos no local, mas garante que foi orientado pela presidente da Associação de Moradores, Iraci Siqueira, de 55 anos. “Podei a árvore aqui da frente de casa e joguei lá porque ela [presidente da Associação de Moradores] passou de casa em casa dizendo que poderíamos jogar porque a Prefeitura recolheria tudo depois, mas não recolheram”, justifica.

Iraci admite ter passado a orientação, mas defende que permitiu que apenas galhos e folhas fossem depositados no local e assegura que deu a permissão com base na promessa de que a limpeza seria realizada na última sexta-feira (15). “Falei para jogarem porque a Prefeitura me garantiu que recolheria, mas não recolheu e não era para ninguém jogar o lixo como estão fazendo”, declara.

A equipe de reportagem do Jornal Midiamax, entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande para saber o posicionamento a respeito do caso, mas até o fechamento deste texto não obteve retorno.