Moradores do Jardim Carioca reivindicam melhorias em bairro e reclamam de esquecimento

População local diz que foi esquecida por Prefeitura e cobra promessas de melhorias na região

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População local diz que foi esquecida por Prefeitura e cobra promessas de melhorias na região

Sem asfalto, escola e unidade de saúde, suficiente para atender a demanda da população, moradores do Jardim Carioca, no oeste de Campo Grande, se dizem esquecidos pelo poder público. Além de destacar os problemas no bairro, eles cobram as promessas de melhorias na região.

Segundo a presidente da Associação de moradores do Jardim Carioca, Mirian de Sousa Rolon, de 57 anos, a maioria das ruas não é pavimentada e situação provoca vários transtornos para a população. “A promessa de asfalto era para outubro do ano passado e ninguém fez nada, estamos esquecidos aqui. Nossas ruas estão cheias de buracos. Em algumas vias muito movimentadas não conseguimos mais passar nem de bicicleta”, relata.

Para chamar a atenção, os moradores chegaram a colocar, em uma das crateras abertas, um boneco simbolizando o prefeito Gilmar Olarte (PP). Depois disso, uma equipe da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) foi enviada ao local. “Taparam apenas o buraco onde o boneco estava, os demais continuam abertos”, afirma.

Mirian diz que durante a última reunião realizada pelo Conselho Imbirussu, na Escola Municipal Irmã Irma Zorzi, na Vila Silvia Regina, foi informada de que a lista de programação foi alterada e não há mais previsão de asfalto para a região que tem mais de 6 mil moradores.

“Tinha uma programação que previa o asfalto em outubro do ano passado, mas agora tiraram o Jardim Carioca da lista. Estou muito decepcionada. Fizeram o residencial Nelson Trad, aumentou o número de moradores, prometeram várias melhorias, mas o bairro não oferece estrutura adequada. É muito descaso, falta de respeito com a comunidade”, lamenta.

A presidente do clube de mães do Jardim Carioca, Ceureci Fátima Santiago, de 42 anos, mora há dez anos na região e afirma que neste período as benfeitorias foram “insignificantes”. “Praticamente nenhuma melhoria nesse período. Pelo que eu me lembre, fizeram apenas uma praça, mas que não tem nada. A população não desfruta de uma área de lazer”, destaca.

Ceureci ressalta que com a construção do Residencial Nelson Trad, que teve a primeira etapa inaugurada em junho de 2014 e a segunda, em novembro, a situação ficou ainda mais preocupante. “Está superlotado, não temos escolas para as nossas crianças, a unidade de saúde mais próxima não suporta a demanda por falta de profissionais para atender a população. Está um abandono total. Isso é muita falta de vontade do poder público”, enfatiza.

A reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande para saber o posicionamento a respeito dos relatos dos moradores, no entanto, não obteve todas as respostas. Sobre o asfalto, a assessoria de comunicação diz que o responsável não foi encontrado na Seintrha.

Em relação a falta de escola, para atender os alunos que moram na região, a Prefeitura justifica que a Semed (Secretaria Municipal de Educação) atende a demanda e destaca que serão construídas salas modulares na Escola Municipal Fauze Scaff Gattass Filho, situada na Nova Campo Grande.

Quanto à superlotação na unidade de saúde, que atende a região, a assessoria de comunicação da Prefeitura garante que o problema será solucionado com a construção da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) no Jardim Leblom, no entanto, não há previsão para a conclusão da obra, que foi interrompida. A Prefeitura alega que a obra está parada por falta de repasse do governo Federal.

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