Fabricante de suco diz que bolores podem ser formados por oxigenação

Empresa garante que fungos não oferecem risco à saúde

O diretor-geral da indústria de sucos Quarta Légua, Fernado Basso, disse em entrevista ao Jornal Midiamax, na manhã desta segunda-feira (24), que a entrada de oxigênio dentro da garrafa de suco integral pode ter provocado os bolores encontrados por uma consumidora de Campo Grande.

Adriana Favorelo da Motta, de 38 anos, afirma ter percebido os fungos dentro da garrafa de 1 litro do suco de uva integral Dom Aquino, produzido pelo fabricante na Serra Gaúcha e distribuído por uma empresa de Várzea Grande (MT).

Conforme o diretor-geral da empresa, os bolores são provenientes do processo natural de elaboração do suco. “Trata-se de um produto 100% natural, não tem adição de conservante, ou seja, não há nada que evite a formação de bolores quando entra oxigênio na garrafa. Este é o risco que assumimos ao fabricar um produto orgânico”, justifica.

O diretor-geral da empresa diz ainda que a entrada de oxigênio pode ocorrer tanto no processo de fabricação, quanto no transporte do produto. “A gente ainda precisa saber se a garrafa ficou muito tempo aberta, ou se houve algum problema no transporte. Como a tampa é de plástico, um impacto pode romper o lacre interno e permitir a entrada de oxigênio, iniciando assim, o processo de degradação do produto”, explica.

De acordo Basso, os fungos formados por conta da presença de oxigênio, alteram o gosto do produto, no entanto, ele esclarece que não são prejudiciais à saúde humana. “Deixa um gosto ruim, mas não oferece nenhum perigo para o consumidor que chegar a ingerir a bebida com os bolores”, garante.

Uma pesquisa na internet também mostra que é possível encontrar sais minerais cristalizados decorrentes do processo natural de elaboração do suco de uva, o qual utiliza apenas a pasteurização para estabilização e conservação do produto na garrafa.

Ainda conforme a pesquisa, este processo natural preserva as características da uva, e podem ser concentrados no fundo da garrafa. No entanto, quanto ao caso ocorrido em Campo Grande, o diretor-geral da empresa ressalta que entrará em contato com a consumidora para explicar o fato e pedirá para que a garrafa seja recolhida para análise. A empresa deve oferecer outra garrafa de suco para a cliente.