Em meio a briga, trabalhadores da Solurb dizem que ficaram em segundo plano

Capital está sem coleta de lixo deste terça-feira passada

Em meio ao impasse entre a Prefeitura de Campo Grande e a Solurb, empresa responsável pela coleta e tratamento de lixo na cidade, os trabalhadores da área, representados por Wilson Gomes da Costa, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Asseio e Conservação de Mato Grosso do Sul, disseram que estão em segundo plano nas negociações pelo fim da greve.

A Solurb parou de realizar a coleta de lixo na Capital na última terça-feira (8) alegando falta de pagamento do Executivo desde junho. A prefeitura por sua vez, afirma que está dentro do prazo legal de 90 dias, determinados em contrato, para regularização da dívida, e visto que a coleta é considerada serviço público essencial, não poderia ser paralisado.

Os catadores de material reciclável, que dependem da coleta de lixo para manter sua renda, já até trabalharam voluntariamente pelo mutirão organizado pela Prefeitura, no domingo, mas a quantidade coletada não é suficiente para manter as famílias que sobrevivem da reciclagem.

Questionado sobre manter o mínimo dos funcionários trabalhando, justamente por ser um serviço essencial, Wilson afirmou que não tem como manter os funcionários na ativa sem receber. “Mas como que você vai manter o minimo se não tem pagamento? Você não consegue colocar a categoria para ir a rua trabalhar sem pagamento e não houve nenhuma proposta da empresa. Estamos na estaca zero”.

Nesta segunda-feira (14) a coleta de lixo nos hospitais e unidades de saúde da Capital foi restabelecida por determinação judicial.