Em cinco anos, MS registrou apenas sete casos de microcefalia

No Brasil os registros de 2015 superam em 18 vezes os de 2014

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No Brasil os registros de 2015 superam em 18 vezes os de 2014

Entre 2010 e 2015 o Estado de Mato Grosso do Sul registrou apenas sete nascimentos de bebês com microcefalia, sendo um em 2012, três em 2013, quando a cidade também passou por uma epidemia de dengue, e três neste ano, que estão sendo ligados ao zika vírus. Os dados são do Ministério da Saúde, divulgados nesta terça-feira (22), em complemento ao boletim epidemiológico semanal.

No Estado o número de notificações não aumentou em relação ao último boletim, e até agora são três nascimentos, sendo dois de moradoras de Dourados, distante 229 quilômetros de Campo Grande, e um de Bela Vista, que fica a 326 quilômetros da Capital.

Os números mais assustadores ficaram para o Estado de Pernambuco, onde 1.031 crianças foram diagnosticadas com a síndrome neste ano. Nos quatro últimos anos foram registrados 45 casos na região, ou seja, 22 vezes menos do que em 2015. A Estado foi o primeiro a relacionar os casos de microcefalia ao zika vírus, e agora serve como referencia para as demais federações do país, que estão começando a enfrentar o problema.

No cenário nacional, os índices também são assustadores. No comparativo com 2014, o número de registros aumentou em 18 vezes, passando de 147 registros para 2.782 casos. Já no acumulado, 2015 superou em 3,5 vezes o total entre 2010 a 2014, que foi de 781 casos.

O Ministério também divulgou os números de óbitos neste ano, que já chegam a 40. Não foram divulgados os números de bebês que não resistiram nos anos anteriores. O boletim corresponde aos casos notificados pelos Estados e municípios até o dia 19 de dezembro.

As investigações dos casos de microcefalia relacionados ao vírus Zika estão sendo feitas nos Estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe e Ceará, em 11 laboratórios públicos e cinco unidades referência no Brasil para este tipo de exame. Atualmente, a circulação do Zika é confirmada por meio de teste PCR, com a tecnologia de biologia molecular. 

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