Em bairro de Campo Grande bueiro tem até peixe e vira atração para crianças

Moradores perceberam mina no bueiro há 10 anos e temem dengue

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Moradores perceberam mina no bueiro há 10 anos e temem dengue

Moradores do Bairro Santo Amaro, na região oeste de Campo Grande, reclamam de uma situação que vem se arrastando há mais de dez anos. Em um dos bueiros na Rua Presidente Rodrigo Alves, existe uma nascente que abriga peixes e larvas do mosquito Aedes aegypti, responsável por transmitir pelo menos três doenças, incluindo a dengue. O local que é alvo de insatisfação, também é considerado atração para os mais novos.

A população local diz que é comum crianças se reunirem no fim do dia para ver os peixinhos, em meio a larvas. O presidente da Associação de Moradores do Santo Amaro, Renato Reis Paz, que mora na região há 21 anos, também é agente de saúde e destaca que a situação é preocupante. “Isso é um perigo para todos porque pode surgir um surto de dengue a qualquer momento”, observa.

O presidente da Associação de Moradores ressalta que a quantidade de peixes na mina, que nasce no bueiro, não é suficiente para impedir a proliferação das larvas, e consequentemente do mosquito. Paz afirma que diz que já registrou mais de dez reclamações na Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação), no entanto, quando liga para cobrar a solução do problema, é informado de que o serviço foi executado.

 “Isso é um verdadeiro descaso do Município. Foram feitos vários protocolos e nenhuma solução. Me sinto envergonhado por esta situação, afinal, como posso chamar a atenção de um morador se o poder público não faz a parte dele?”, questiona.

A dona de casa, Rosa Medina Cavelan, mora há seis anos em frente do bueiro mencionado. Ela afirma que há aproximadamente três meses uma equipe da Seintrha foi designada para fazer o desentupimento do local. “Não adiantou nada porque deixaram toda a sujeira do lado, disseram que limpariam em até três dias e até agora nada. Isso é um relaxismo, só piorou a situação”, frisa.

O aposentado Renato Mendonça, de 58 anos, mora há 40 no bairro e também comenta o problema. “Essa área tem muitas minas, mas essa água está escorrendo porque não tem saída”, observa. Devido a nascente, a água escorre pelas margens da calçada e segue para a Rua Juventos, onde acaba empossada em frente das residências.

Além das larvas, dos peixes e da água que não para de transbordar do bueiro, os moradores reclamam do mau cheiro. “É difícil conviver com esse problema que é ignorado pelo poder público”, declara o presidente de bairro.

A equipe de reportagem do Jornal Midiamax encaminhou e-mail para a Prefeitura para saber sobre o posicionamento a respeito das reclamações e se há previsão para que a problema seja corrigido, no entanto, até o fechamento deste texto não houve resposta.

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