Crateras abertas durante as chuvas foram provocadas por falta de infraestrutura
A erosão comprometeu casas em uma das avenidas de Naviraí
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A erosão comprometeu casas em uma das avenidas de Naviraí
Após a forte chuva que caiu no sul do Estado nos últimos dias, 14 municípios decretaram situação de emergência. Ao menos 100 famílias foram atingidas, ainda sem a quantidade exata de desabrigados e desalojados. Aproximadamente 10 mil pessoas foram afetadas.
A chuva forte provocou crateras em rodovias, bloqueou estradas, alagou residências e desabrigou moradores. Foram 43 pontes danificadas e 51 destruídas e 140 rodovias danificadas e 27 interditadas.
No município de Naviraí, a 359 quilômetros de Campo Grande, a chuva provocou uma erosão que comprometeu casas em uma das avenidas do município. Dois bairros foram prejudicados, o Jardim Paraíso IV e Vila Alta.
De acordo com o gerente de obras da Prefeitura, Flávio Tanus, a cratera surgiu por causa da falta de infraestrutura (drenagem e pavimentação) após a criação a cinco anos de dois bairros. O engenheiro civil disse que o problema surgiu por causa da falta de planejamento da gestão anterior.
O gerente de obras disse que medidas de emergência estão sendo adotadas para atender à população que está em risco. Tanus disse que está concluindo um projeto para que seja feito a drenagem e pavimentação desses bairros.
Outras medidas também estão sendo tomadas, como por exemplo, fazer a contenção nestes locais. O engenheiro contou também que está sendo difícil para as equipes fazer os trabalhos porque as chuvas não cessam.
Flávio Tanus disse que nesse primeiro momento a ordem do prefeito é atender os moradores que estão em risco para depois atender as estradas e ponte que caiu na cidade.
Ainda segundo a secretária da Defesa Civil, Graziela Santana de Faria, seis famílias estão desabrigadas. A orientação é para que sejam retirados os moradores das faixas críticas da cidade. Medidas paliativas estão sendo tomadas e um projeto de drenagem será encaminhado para o Governo Federal.
Graziela afirma que o problema é por causa da falta de drenagem nesses bairros que a gestão anterior não se preocupou em realizar para que a água fosse escoada. Ela disse que as chuvas têm atrapalhado bastante os trabalhos e que as estradas vicinais estão intransitáveis. Só na sexta-feira (5) e sábado (6) as chuvas passaram de 100 milímetros.
Atualmente, são 14 que estão em situação de emergência decretada: Amambai, Aral Moreira, Bela Vista, Campo Grande, Caarapó, Coronel Sapucaia, Deodápolis, Eldorado, Iguatemi, Itaquiraí, Japorã, Jutí, Mundo Novo, Naviraí, Novo Horizonte do Sul, Paranhos, Sete Quedas e Tacuru.
A MS-289, que liga Coronel Sapucaia a Amambai, está destruída. Já a MS-295, que liga Amambai a Iguatemi, a ponte cedeu. Em Aral Moreira, um buraco abriu na lateral da pista, o córrego transbordou e uma casa foi levada, deixando uma família desalojada.
Uma barragem de quase 20 metros foi rompida e totalmente esvaziada em Caarapó. No local, o balneário que tinha mais de 30 anos foi totalmente esvaziado. Em Bela Vista, 30 famílias estão desabrigadas por causa de enchentes.
A maior preocupação das prefeituras dos municípios afetados é com o escoamento da safra de grãos em Mato Grosso do Sul, que pode ficar prejudicado pelos estragos em rodovias causados pelas chuvas. Cerca de 3 mil km de rodovias foram danificadas, além de 80 pontes.
O Governo federal vai começar a entregar a partir da semana que vem os kits de ajuda humanitária. São: 1 mil de higiene; 1 mil de limpeza; 2 mil de colchões e 2 mil dormitórios. Mas por enquanto não há repasse de verba por parte do Governo Federal.
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