Com movimento fraco, comerciantes mantêm esperança sobre antiga rodoviária
Prédio foi reaberto depois de cumprir exigências de bombeiros
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Prédio foi reaberto depois de cumprir exigências de bombeiros
O movimento na antiga rodoviária não foi tão favorável para os 49 comerciantes do Centro Comercial Condomínio Terminal do Oeste, no Bairro Amambaí, na região central de Campo Grande, onde funcionava a antiga rodoviária da Capital. Na manhã desta quinta-feira (5), o local estava quase vazio, porém, cheio de esperança de dias melhores.
O prédio, interditado em agosto de 2015, foi lacrado no último dia 27 e reaberto na tarde dessa quarta-feira (4), depois de passar por oito readequações de segurança exigidas pelo Corpo de Bombeiros, para que as atividades comerciais do local pudessem funcionar.
Embora a administração do prédio tenha cumprido as determinações, o movimento no local ainda não corresponde às expectativas dos comerciantes. Para a microempresária Lídia Ramona Moraes, de 54 anos, as fachadas velhas somadas à presença de usuários de drogas e prostitutas que rondam a região do Bairro Amambaí, prejudicam o desenvolvimento do prédio.
“Aqui é um condomínio fechado e não uma área pública. Pagamos pelo espaço e as prostitutas e usuários atrapalham o comércio. Minha ideia era montar uma pequena fábrica de confecções e colocar 10 funcionárias, mas apenas eu estou trabalhando aqui. Desse jeito, não consigo contratar ninguém. Vou mudar com toda certeza”, declara.
Apesar dos problemas citados, a maioria dos comerciantes mantém a esperança de que a clientela retorne. Depois de 27 anos de muito trabalho, Aparecido da Silva, de 49 anos, fechou o salão de beleza, onde conquistou muitos clientes e montou o estabelecimento em outro ponto da Rua Dom Aquino, mais próximo do centro da cidade.
Apesar de considerar que a rodoviária não seja mais o melhor lugar para atender os clientes, ele admite a vontade de voltar para o local onde começou sua vida profissional. “A família deixou de vir à antiga rodoviária. Aqui não é mais um ambiente muito legal, mas vai melhorar e quando isso acontecer fecho o salão e reabro aqui no mesmo dia”, frisa.
Pedro Alencar Tavares, de 74 anos, é dono de uma loja de roupas em um dos prédios na antiga rodoviária, há 37 anos anos. Para ele, o que afastou a clientela foi o descaso do poder público. “Precisa arrumar muita coisa, principalmente o visual, as fachadas das lojas, mas não é isso que prejudica o movimento, a culpa dos clientes terem fugido aos poucos é do poder público que abandonou a região”, observa.
Saul Danielson, de 50 anos, diz que montou a relojoaria há 32 anos, no centro comercial e destaca não a falta de movimento não é apenas na antiga rodoviária. “As pessoas ainda não voltaram porque muitos não sabem que já está aberto, mas cremos que em breve estará tudo normal. Aqui não é o único lugar que está parado, até a Rua 14 de Julho que é o local mais movimentado do comércio, os vendedores estão um olhando para a cara do outro”, justifica.
Celso Gabriel da Silva, de 42 anos, está feliz com a reabertura e afirma que durante os seis dias em que o prédio ficou lacrado, teve um prejuízo de R$ 3 mil. “Faço cerca de mil salgados por dia e deixei de ganhar pelo menos R$ 3 mil nesses dias, mas a expectativa é boa, vai melhorar”, assegura.
Para Mamede Fernandes Amorim, de 63 anos, dono de uma loja de presentes há 25 anos, o prejuízo foi ainda maior. “Devo ter deixado de ganhar uns R$ 8 mil nesses dias, mas fiquei tranquilo porque sabia que iria voltar”.
Apesar das ressalvas sobre o entorno do Centro Comercial Condomínio Terminal do Oeste, o militar aposentado Ismael da Silva de 65 anos, é frequentador assíduo da antiga rodoviária e diz que sentiu falta dos amigos que fez no local, nos 12 anos em que frequenta o prédio.
“Venho aqui passear todos os dias. Senti falta porque aqui tem de tudo, fico conversando com meus amigos e não preciso voltar para casa nem para lanchar. Adoro esse ambiente porque fiz muitas amizades”, explica.
O laudo entregue na manhã de ontem pelo Corpo de Bombeiros à administração do prédio vale por 90 dias. Neste período deve ser concluído o projeto de segurança contra incêndio e pânico no Centro Comercial Condomínio Terminal do Oeste. Após esta etapa, o Corpo de Bombeiros deve emitir o certificado anual de funcionamento do local.
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