Chuva está bem acima da média histórica em cidades de MS que acumulam estragos

Na BR-163, trecho está interditado, isolando cidades

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Na BR-163, trecho está interditado, isolando cidades

Mato Grosso do Sul registra o maior índice de chuvas acumuladas no mês de dezembro, segundo balanço divulgado neste sábado (12) pelo Cemtec (Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul). Em Dourados, por exemplo, em comparação aos anos anteriores, houve aumento de 22,76% acima do histórico que mantinha média de 182,2 mililitros e agora já está com 224,4. Em Ponta Porã a alta foi de 53% e em Bela Vista 4%.

Rio Brilhante segue neste mesmo sentido e já atingiu 87% em relação ao histórico de 183,2 mm. Juti vem em seguida com 84,26% do ápice de 191,3 mm. Maracaju chegou a 80,45% de 205,1 mm, Itaquiraí vem com 73,6% de 173,6 mm e Jardim 67,6% de 184,9 mm. Os maiores registros dos últimos anos são de 2009 e algumas cidades já bateram a marca.

Para se ter ideia, nos 12 primeiros dias de dezembro, Dourados registrou 224,4 mililitros de chuva, apenas 36 mm a menos que o mês inteiro em 2009. Em Ponta Porã já foram 281 mm contra 306,6 há seis anos. Sete Quedas também integra a lista com marca de 186,2 mm até agora para 228,9 em 2009.

Itaquiraí teve marco de 346,6 mm em 2009, seguido por 164,0 em 2013 e já atingiu 127,8 mm, faltando ainda 18 dias para acabar o mês. A situação é tão alarmante que na semana passada o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) declarou estado de emergência em 14 municípios sul-mato-grossenses, sendo 20 prefeituras fizeram o mesmo.

Na madrugada de ontem a PRF (Polícia Rodoviária Federal) interditou na madrugada deste sábado (12) um trecho da BR-163 sentido Eldorado/ Itaquiraí depois que o asfalto cedeu sobre o rio Morumbizinho abrindo uma grande cratera. De acordo com a CCR MSVia, concessionária que administra a BR-163, a pista cedeu por volta de meia noite e meia e ainda não há previsão de reparos.

Enquanto isso os motoristas têm opções de rotas alternativas disponíveis, segundo orientações da concessionária, os que trafegam na BR-163/MS com destino ao Paraná e se encontram entre Campo Grande e Nova Alvorada, o desvio pode ser feito pelo acesso do km 364 da rodovia em direção à BR-267. Aos que estão na BR-163/MS com destino ao Paraná e se encontram entre Rio Brilhante e Dourados, o desvio pode ser feito na altura do km 270, em direção à BR-376.

 Já para condutores que estão na BR-163/MS com destino ao Paraná e se encontram entre Dourados e Mundo Novo, podem acessar a MS-156 e a MS-295, no km 206 da BR-163/MS. Para este percurso, o motorista acessará novamente a BR-163/MS no km 40,3, na região de Eldorado. Quem segue no sentido contrário pode usar a mesma rota.

Estragos

Segundo informações de um relatório divulgado pela Defesa Civil os estragos causados pelas chuvas no Estado já afetaram aproximadamente 10 mil pessoas e 20 cidades já decretaram situação de emergência, a maioria na região sul. Já foram contabilizados: 43 pontes danificadas, 51 pontes destruídas , 140 rodovias danificadas e 27 rodovias interditadas. Tacuru é uma das cidades mais atingidas, são 15 pontes destruídas. Em Itaquiraí são 20 rodovias danificadas.

Em Coronel Sapucaia, as fortes chuvas abriram uma cratera na estrada. A ponte que fica na MS-289 , que liga Coronel Sapucaia e Amambai, foi levada pela água, e o Córrego Inhu-verá, onde está localizada a estação de capitação de água da Sanesul (Empresa de Saneamento do Estado de Mato Grosso do Sul) ficou assoreado. O abastecimento de água está sendo feito por caminhões-pipa. Em Tacuru, a chuva abriu uma cratera na rodovia MS-160, onde o acesso a cidade está em meia pista. Em Caarapó, a barragem do Balneário Municipal Ayrton Senna da Silva se rompeu no dia 6 e elevou as águas do Rio Amambaí.

No início desta semana, o governador e o secretário de Infraestrutura Marcelo Miglioli e o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, sobrevoaram as 14 cidades que tinham decretado situação de emergência. No entanto, ainda não foi encaminhado relatório dos estragos nos municípios ao Governo Federal. Na documentação que será enviada à Brasília, a SEDEC (Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil) e o Governo do Estado precisam informar os valores referentes aos estragos, para então, o Governo Federal repassar os recursos para a recuperação.

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