Boiadeiros reclamam de ‘monopólio’ por gigante do setor

Com serviço mais barato, JBS estaria deixando caminhoneiros sem serviço

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Com serviço mais barato, JBS estaria deixando caminhoneiros sem serviço

Ao menos 100 caminhoneiros que participam, na manhã deste sábado (7), de protesto organizado pelo “Movimento Força Boiadeira”, pedem frete justo e reclamam do ‘monopólio’ provocado pelo frigorífico JBS, localizado na região oeste de Campo Grande. Conforme os manifestantes, o preço do transporte oferecido pela empresa prejudica a categoria.

O representante dos caminhoneiros, identificado apenas como Júnior Transportes, afirma que a JBS era responsável pelo transporte do boi gordo, no entanto, há aproximadamente dois anos passou a transportar também boi magro. A mudança, segundo ele, afetou a categoria e deixou muitos trabalhadores do setor sem emprego.

“É uma empresa muito maior e por isso consegue oferecer transporte mais barato. Esta situação é insustentável porque o valor chega a ser 40% abaixo. Não há controle e queremos um frete mais justo”, explica.

Um caminhoneiro, que preferiu não se identificar, diz que trabalha com transporte de boi magro há 15 anos. Ele ressalta que a concorrência tem prejudicado o setor. “Não tem serviço. Só a JBS trabalha. Eles puxam o boi gordo e agora também o boi magro. Tiraram o emprego de todo mundo e não tem como ficar assim. Por causa disso, dois frigoríficos menores tiveram de encerrar as atividades”, frisa.

A carreata começou pouco depois das 9 horas no Bairro Nova Campo Grande. O grupo é acompanhado pela Polícia Militar, que faz o controle do trânsito.

Os caminhoneiros seguiram pelas avenidas Duque de Caxias, Afonso Pena e Ernesto Geisel. Passaram na frente da Câmara Municipal de Campo Grande e seguem em direção ao Parque dos Poderes, onde devem encerrar a manifestação.

A unidade da JBS em Campo Grande integra um dos maiores grupos mundiais de processamento de carne bovina, conforme identifica-se a própria empresa na internet. A reportagem tentou contato, por telefone, com algum responsável pelo frigorífico na Capital, mas foi informada de que apenas na segunda-feira (9) alguém poderia falar a respeito do protesto.

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