Preço da energia bate recorde histórico por causa da falta de chuva

O preço da energia elétrica de curto prazo bateu um recorde histórico nesta sexta-feira e passou dos R$ 800 por megawatt-hora (MWh). A falta de chuva, aliada ao forte calor registrado em várias regiões do país, que provoca  aumento da demanda, foram os responsáveis pela marca. O recorde anterior ocorreu entre 30 de junho e […]

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O preço da energia elétrica de curto prazo bateu um recorde histórico nesta sexta-feira e passou dos R$ 800 por megawatt-hora (MWh). A falta de chuva, aliada ao forte calor registrado em várias regiões do país, que provoca  aumento da demanda, foram os responsáveis pela marca.

O recorde anterior ocorreu entre 30 de junho e 6 de julho de 2001, época em que foi decretado racionamento de energia pelo governo – não havia, no entanto, geração térmica na ocasião.

Os meses de janeiro e dezembro são, respectivamente, aqueles de maior chuva sobre o sub-sistema Sudeste/Centro-Oeste, que é o responsável por 70% da geração hidrelétrica do país. Só que choveu menos do que o normal em dezembro de 2013 e quase não choveu em janeiro deste ano, de acordo com a Climatempo.

Este efeito negativo ocorreu depois de dois anos com volume de chuva inferior ao normal, ou seja, o efeito foi acumulativo. Como efeito secundário, veio o alto índice de evaporação nos grandes reservatórios, devido à falta de nebulosidade.

Outro efeito secundário foram os mais elevados índices de consumo de energia, por conta do excesso de calor (está faltando ar- condicionado e ventiladores no mercado, por causa da alta temperatura). Para atender à demanda, todo o sistema térmico de geração teve de ser religado – energia muito mais cara do que a hidrelétrica.

O resultado deste efeito combinado: o preço da energia no mercado de curto prazo no Brasil chegou nesta sexta-feira ao nível máximo, nunca antes atingido: R$ 822,83 por megawatt-hora (MWh). O recorde anterior, de R$ 684 por MWh, ocorreu entre 30 de junho e 6 de julho de 2001, época em que foi decretado racionamento de energia pelo governo, mas não havia geração térmica.

No mercado de curto prazo, distribuidoras e grandes indústrias compram energia para necessidades imediatas, mas os consumidores residenciais também serão impactados no futuro.

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