Chuvas recuperam umidade do solo na região de Dourados

Dados obtidos pelas Estações Agrometeorologicas da Embrapa Agropecuária Oeste e divulgadas pelo site Clima MS, revelam que a chuva acumulada nos meses de janeiro e fevereiro de 2013, na região de Dourados, foi de 247 mm. Essa quantidade de chuvas possibilitou a recuperação da umidade do solo na região que vinha sofrendo com deficiência hídrica […]

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Dados obtidos pelas Estações Agrometeorologicas da Embrapa Agropecuária Oeste e divulgadas pelo site Clima MS, revelam que a chuva acumulada nos meses de janeiro e fevereiro de 2013, na região de Dourados, foi de 247 mm. Essa quantidade de chuvas possibilitou a recuperação da umidade do solo na região que vinha sofrendo com deficiência hídrica continua desde julho de 2012.

A média anual de chuvas para esses dois meses na região é de 307 mm, ou seja, ainda existe uma necessidade de 60 mm de chuva que podem ocorrer ainda nos próximos sete dias de fevereiro. Os dados obtidos revelam que no mês de janeiro o valor médio esperado de chuvas era de 165 mm e o valor ocorrido de chuvas foi de apenas 77 mm, ou seja, 46% abaixo do esperado para o mês. Entretanto, até o dia 20 de fevereiro, já choveu na região uma média de 169 mm, superando em 20% a média histórica mensal (142 mm).

O pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Carlos Ricardo Fietz, explica que desde o dia 13 de fevereiro, quando choveu 43 mm na região, houve uma recuperação da umidade do solo na região de Dourados, o que não acontecia há pelo menos seis meses. “As chuvas de fevereiro, que ocorreram até hoje, elevaram a umidade do solo para condições ideais e que permanecem até o momento. Hoje, por exemplo, estamos com um excesso hídrico de 9 mm”, disse Ricardo.

O solo da região de Dourados, que é predominantemente latossolo argiloso, apresenta boa drenagem interna. “Em geral, mesmo que chova muito, em apenas dois dias já é possível entrar com maquinário na lavoura e dar continuidade ao trabalho, devido às características do solo”, destaca o pesquisador Rodrigo Arroyo Garcia.

Segundo ele, as chuvas de fevereiro, beneficiaram os produtores que já colheram a soja e plantaram o milho. “Os atuais índices de umidade do solo são favoráveis para o desenvolvimento inicial da cultura do milho, que foi plantado após a colheita da soja. Porém, quem ainda tem soja na fase da colheita pode enfrentar dificuldades, tanto por inicio da deterioração dos grãos nas plantas (caso as chuvas sejam constantes) quanto a trafegabilidade das colheitadeiras, que aumenta o risco de compactação do solo quando feito sob condições de umidade inadequada”, alerta Arroyo.

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