Bairros que mais sofreram com a dengue ainda aguardam início do fumacê na Capital

Os bairros Vila Planalto e São Francisco, na região central de Campo Grande, que registraram os maiores índices de infestação do mosquito da dengue, de acordo o último Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (Lira), não foram prioridade no primeiro dia de uso do fumacê. A situação já preocupa os moradores. Apesar da média […]

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Os bairros Vila Planalto e São Francisco, na região central de Campo Grande, que registraram os maiores índices de infestação do mosquito da dengue, de acordo o último Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (Lira), não foram prioridade no primeiro dia de uso do fumacê. A situação já preocupa os moradores.

Apesar da média da Capital ser de 0,2%, os dois bairros apresentaram índices de 1,1%, menores apenas que o distrito de Anhanduí, que registrou 1,5%. O levantamento foi concluído em setembro deste ano pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).

O início dos serviços de fumacê no combate ao mosquito, nesta quarta-feira (16), foi anunciado pela prefeitura no dia 26 de setembro durante reunião do Comitê de Combate à Dengue. Previsto para ser realizado no período das 4h30 às 8h30 e das 16h às 22h, os moradores da vila Planalto e São Francisco não viram nenhum sinal do serviço. “Não vi passar nada, não”, afirma Hilário Dpene, 83 anos.

O aposentando, que já foi vítima da doença, fica com medo de adquiri-la novamente e preocupado pelo bairro não ter prioridade no serviço. “Moro em frente a um terreno baldio. O meu maior medo é esta área, pois não podem construir nela e fica esse mato todo e as pessoas acabam jogando lixo também, o que acaba piorando”, afirma o morador do São Francisco.

A empregada doméstica, Angélica da Costa, 39 anos, tem que se preocupar com duas residências na vila Planalto, a sua e a de sua patroa. “Minha filha já pegou dengue duas vezes e a casa onde trabalho fica do lado de um terreno baldio que está abandonado há anos, mesmo com diversas multas ao dono. O quanto antes passasse fumacê melhor”, relata.

O comerciantes Antonio Nilton, 56 anos, possui um estabelecimento na Planalto há mais de quatro décadas e afirma que os terrenos vazios são um problema em períodos de chuva. “O ideal seria prevenir a dengue ainda neste período em que não está chovendo com tanta frequência”, acredita. 

De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura, até o início da tarde de quarta-feira (16), não haviam sido definidos os bairros que receberiam o serviço, posteriormente, a informação foi de que os bairros Piratininga e Centro-Oeste receberam o fumacê. Segundo eles, a escala será divulgada a cada dia e 20 veículos montados com bombas de borrifação farão o serviço. Se chover, os serviços são suspensos.

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