Empresário de joias é sequestrado e passa quase 24h detido em cativeiro em SP

O sequestro foi feito “por três ou quatro indivíduos”, segundo a vítima

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Cômodo da casa que teria sido usada para cativeiro
Imagem ilustrativa

Um empresário do ramo de joias foi sequestrado em Guarulhos na tarde da última quinta-feira, 21, enquanto saía do trabalho. Segundo a Polícia Civil, a vítima de 53 anos foi transferida de cativeiro ao longo da madrugada e libertada na manhã desta sexta, 22. Ele já está em casa, com a família, e passa bem.

O sequestro foi feito “por três ou quatro indivíduos”, segundo a vítima, “em um momento de desatenção” enquanto o empresário saía do trabalho por volta das 14h15 da quinta-feira. Artur José Dian, diretor do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope), diz que a polícia só foi acionada por volta das 5h desta sexta-feira, quando começou a agir no caso.

“Ele foi abordado por três ou quatro indivíduos, levado para um cativeiro e subjugado com ameaças. Foi pedido que a vítima fornecesse senhas de acesso aos cartões e fizesse transferências bancárias, o que ela fez. Depois, transferiram (o empresário) para um segundo cativeiro”, conta Dian.

Segundo o diretor, a vítima não chegou a ser fisicamente agredida, mas sofreu ameaças constantes e foi “tratada com violência, que é natural nesses casos”. No segundo local onde foi mantido refém, próximo ao bairro Parada de Taipas, na zona norte da capital, o empresário voltou a ser “muito ameaçado” para que fizesse uma nova transferência para os criminosos, no valor de R$ 9 mil.

“O telefone dele ficou desligado no início do dia, mas foi acionado durante a manhã, quando enviou uma mensagem à empresa dizendo que ele voltaria para lá se a quantia de R$ 9 mil fosse paga”, afirma Dian. Ele explica que o pagamento não aconteceu e nenhuma quantia foi transferida desde que as equipes do Dope entraram no caso, às 5h.

O empresário foi liberado por volta das 11h desta sexta e encontrado pela polícia “ainda muito atordoado”, na Parada de Taipas. “Pode ser que o pessoal tenha ficado acuado depois que entramos no caso”, diz Dian.

Agentes do Dope trabalham agora para estabelecer se mais pessoas estão envolvidas no sequestro e qual o valor exato que foi extraído da vítima.

Conteúdos relacionados

lula