Pular para o conteúdo
Brasil

Pesquisa do CNJ aponta que acesso à Justiça aumentou durante a pandemia

A pesquisa “O impacto da Covid-19 no Judiciário” avaliou como a Justiça brasileira se organizou a partir da adoção de medidas de proteção
Arquivo -

A pesquisa “O impacto da no Judiciário”, desenvolvida pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, avaliou como a Justiça brasileira se organizou  a partir da adoção de medidas de proteção.

O levantamento foi realizado nos atos normativos do CNJ e de 56 tribunais – Justiça Federal, Estadual e Trabalhista – e da análise de informações da Base Nacional de Dados do Poder Judiciário, em diálogo com dados do Justiça em Números (2021), para calcular indicadores que mensuram as principais alterações em relação à produtividade das cortes e a novos processos, em comparação aos anos de 2019 e 2020.

De março de 2020 a abril de 2021, os tribunais publicaram 290 atos para adaptação da prestação de serviços à sociedade. No CNJ, foram identificados 30 atos normativos sobre os procedimentos adotados durante o período pandêmico, incluindo medidas emergenciais de suspensão das atividades e a ampliação do uso de audiências virtuais, por exemplo.

Foram publicados atos referentes ao atendimento presencial, que ampliou os julgamentos por meio eletrônico (Resolução CNJ n. 312/2020), estabeleceu o plantão extraordinário (Resolução CNJ n. 313/2020), trouxe a possibilidade de virtualizar os processos físicos (Resolução CNJ n. 314/2020) e, mais recentemente, o retorno gradual das atividades presenciais, definido pela Resolução CNJ n. 322/2020. De acordo com o total de documentos analisados, dos documentos analisados nos tribunais, previram a suspensão do atendimento presencial, mas esse mesmo percentual previu a possibilidade de atendimento presencial aos operadores do , em casos de urgência e por considerarem essas atividades essenciais.

Tais atividades emergenciais e essenciais foram contempladas nas Resoluções CNJ n. 313 e n. 322 e também em 47 atos normativos dos tribunais. Destes, 42% detalharam quais atividades eram consideradas essenciais, como serviços de tecnologia da informação, serviços terceirizados e de comunicação.

Quanto à realização das audiências, 69 atos normativos trataram da questão, sendo que 44,4% dos tribunais suspenderam as audiências de alguma forma.

Casos novos

Para compreender a performance dos tribunais, a pesquisa utilizou indicadores como os casos novos ingressados na Justiça; Índice de Atendimento à Demanda (IAD); e Tempo de Julgamento, entre outros. No comparativo de novos processos entre os anos de 2019 e 2020, o grupo de matérias mais demandado foi o de sem considerar o código relacionado à Covid-19. Em outras palavras, o dado não inclui os processos classificados com o assunto Covid-19, criado para monitorar as ações sobre o tema.

Com o mesmo objetivo, o CNJ criou um código (12612) nas Tabelas Processuais Unificadas (TPU), que também integrasse o Observatório Nacional sobre Questões Ambientais, Econômicas e Sociais de Alta Complexidade e Grande Impacto e Repercussão. Foi designado ainda um código para o assunto auxílio emergencial (12754) – benefício criado pelo governo federal para famílias de baixa renda, durante o período da pandemia – com o mesmo fim.

No Índice de Atendimento à Demanda (IAD), que mensura a capacidade que o tribunal tem de baixar os processos, considerando o número de novos casos que ingressaram, o menor desempenho foi em relação ao Auxílio Emergencial (23,6%), Alta Complexidade (exceto Covid-19), com 29,6%; e o próprio código referente à Covid-19, com 40%.

Quanto ao Tempo de Julgamento, o Direito Assistencial foi o grupo de matéria com a maior redução no tempo, passando de 16 para 10 meses; enquanto o grupo de matéria com o maior aumento foi o Direito do Trabalho, que passou de cerca de 16 meses, em 2019, para 18,5 meses em 2020.

O levantamento foi elaborado pelo Laboratório de Inovação e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável do CNJ, que une o conhecimento institucional, a inovação e a cooperação com o objetivo de se alcançar a paz, a justiça e a eficiência institucional. A íntegra será publicada pelo CNJ na próxima semana.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Durante chuva forte em Campo Grande, asfalto cede e abre ‘cratera’ na Avenida Mato Grosso

Bebê que teve 90% do corpo queimado após chapa de bife explodir morre na Santa Casa

Com alerta em todo o Estado, chuva forte atinge Campo Grande e deixa ruas alagadas

Tatuador que ficou cego após ser atingido por soda cáustica é preso por violência doméstica

Notícias mais lidas agora

Menino de 4 anos morre após tomar remédio controlado do pai em Campo Grande

Pedágios

Pedágio em rodovias da região leste de MS fica 4,83% mais caro a partir do dia 11 de fevereiro

Vítimas temem suposta pressão para abafar denúncias contra ‘fotógrafo de ricos’ em Campo Grande

Morto por engano: Trabalhador de usina foi executado a tiros no lugar do filho em MS

Últimas Notícias

Política

‘CPI do Consórcio Guaicurus’ chega a 10 assinaturas e já pode tramitar na Câmara

Presidente da Câmara, Papy (PSDB) não assinou pedido da CPI após defender mais dinheiro público para empresas de ônibus em Campo Grande

Cotidiano

Decisão de Trump de taxar aço pode afetar exportação de US$ 123 milhões de MS

Só em 2024, Mato Grosso do Sul exportou 123 milhões de dólares em ferro fundido para os EUA

Transparência

MPMS autoriza que ação contra ex-PGJ por atuação em concurso vá ao STJ

Ação pode anular etapa de concurso por participação inconstitucional de Magno

Política

Catan nega preconceito após Kemp pedir respeito à professora trans

Fantasia de ‘Barbie’ da professora não foi considerada exagerada por outros deputados