Mulher que atacou verbalmente fiscal da Vigilância Sanitária é demitida no RJ
A engenheira química de 39 anos, que atacou verbalmente um fiscal da Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro, foi demitida após a exibição da filmagem no programa Fantástico. Ela trabalhava na empresa de transmissão de energia Taesa. Em nota, a empresa confirmou a decisão e afirmou que “compartilha a indignação da sociedade em relação a […]
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A engenheira química de 39 anos, que atacou verbalmente um fiscal da Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro, foi demitida após a exibição da filmagem no programa Fantástico. Ela trabalhava na empresa de transmissão de energia Taesa.
Em nota, a empresa confirmou a decisão e afirmou que “compartilha a indignação da sociedade em relação a este lamentável episódio, sobretudo em um momento no qual o número de casos da doença segue em alta no Brasil e no mundo”.
O episódio que gerou bastante repercussão, principalmente nas redes sociais, foi exibido neste domingo no programa “Fantástico”, da TV Globo. Durante uma fiscalização em um bar por volta de 21h de sábado, dia 4, um casal foi filmado atacando o fiscal Flávio Graça, que é médico-veterinário e conduzia a operação. Ambos excluíram perfis que mantinha em redes sociais.
— Você não vai falar com o seu chefe, não? — perguntou o homem a Graça, dando a entender que ele pagava o salário do superintendente.
Na mesma sequência, a mulher interrompe a conversa e afirma:
— A gente paga você, filho.
O espaço onde o casal estava foi multado, e o dono teve que fechar o bar. Após a veiculação da reportagem, Flávio — que é mestre e doutor pela Universidade Federal Rural do Rio (UFRRJ) — conversou com o Jornal Extra e lamentou a atitude da dupla. Ainda segundo o superintendente, outro homem, que num primeiro momento se apresentou com advogado do estabelecimento, quis interromper a inspeção. Não conseguiu. Logo depois, o advogado teria ido aos policiais militares que acompanhavam a ação e teria dito que era ele delegado e que a fiscalização tinha que ser suspensa. No entanto, a ação seguiu.
— Naquele dia, nós encontramos uma grande aglomeração no estabelecimento. Eu sempre registro a ação com um celular, para dar legitimidade. Quando eu passei a gravar, as pessoas começaram a se levantar. Não só aquela moça, mas outro rapaz. Eles vieram e disseram que eu não tinha direito de gravá-los e pediram direito à imagem. Logo em seguida, falaram que iriam anotar o meu nome — afirma Flávio.
Leia a nota da Taesa na íntegra:
A Taesa é uma companhia comprometida com a segurança e a saúde não apenas de seus empregados, mas também com o bem-estar de toda a sociedade. Desde o início da pandemia da Covid-19, a Taesa implementou inúmeras iniciativas para proteger a saúde de seus profissionais e seus familiares, como o home-office para 100% do seu quadro administrativo, e a adoção de diversas outras medidas de proteção para as equipes que operam em campo.
A companhia não compactua com qualquer comportamento que coloque em risco a saúde de outras pessoas ou com atitudes que desrespeitem o trabalho e a dignidade de profissionais que atuam na prevenção e no controle da pandemia.
A Taesa tomou conhecimento do envolvimento de uma de suas empregadas em um caso de desrespeito às leis que visam reduzir o risco de contágio pelo novo coronavírus e compartilha a indignação da sociedade em relação a este lamentável episódio, sobretudo em um momento no qual o número de casos da doença segue em alta no Brasil e no mundo.
A Taesa ressalta que segue respeitando o isolamento e as mais rigorosas regras de prevenção ao coronavírus e que a empregada em questão desrespeitou a política vigente na empresa. Diante dos fatos expostos, a Taesa decidiu por sua imediata demissão.
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