‘Aborto é mais que necessário, é recomendado’, diz Mourão sobre caso de criança estuprada

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou na segunda-feira (17) que, no caso da criança de 10 anos de idade que engravidou após ser repetidamente estuprada pelo tio, “o aborto é mais que necessário, é recomendado”, publicou o site da revista Época. “Esse é um crime que foi cometido contra esta criança. O nosso Código Penal é […]

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O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou na segunda-feira (17) que, no caso da criança de 10 anos de idade que engravidou após ser repetidamente estuprada pelo tio, “o aborto é mais que necessário, é recomendado”, publicou o site da revista Época.

“Esse é um crime que foi cometido contra esta criança. O nosso Código Penal é claro, em casos como esse o aborto é mais que necessário, é recomendado. Como é que uma menina de 10 anos de idade vai ter um filho e vai criar um filho? Isso é um absurdo”, disse o vice-presidente em entrevista à BBC News Brasil.

O caso da criança violentada chocou o país no fim de semana. A menina foi transferida do Espírito Santo para Pernambuco, onde passou por um procedimento abortivo.

Militantes bolsonaristas, como Sara Giromini, divulgaram dados da criança nas redes sociais, incluindo seu nome. No domingo, manifestantes antiaborto chegaram a se concentrar em frente ao hospital onde a criança era tratada.

Na entrevista à BBC News Brasil, Mourão também falou sobre a pandemia de coronavírus e questionou se medidas de distanciamento rígidas poderiam funcionar plenamente no país.

“O Brasil é um país desigual e o brasileiro, um povo indisciplinado. Não adianta querer dizer que, uma ordem de Brasília que dissesse ‘atenção, vai todo mundo ficar em casa’, (que) ninguém iria sair, isso não iria acontecer”, disse.

O vice-presidente também foi questionado sobre o aumento no desmatamento na Amazônia no último ano e comentou reportagem da revista Piauí que afirma que o presidente Jair Bolsonaro teria ameaçado “intervir” no STF em reunião com ministros.

“Eu acho difícil o presidente ter dito isso, porque, como é que ele vai intervir no STF? Não há condições, nós vivemos na democracia plena”, afirmou. (Informações de Época)

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