Uma menina de oito anos sofreu intoxicação por ácido bórico, um dos componentes utilizados para a fabricação de slime caseiro. Laysla precisou ser internada em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), no Distrito Federal, após passar dias com reações alérgicas graves. A história foi contada pela mãe da menina, a influenciadora Thamires Ximenes, na quarta-feira (23).
Após sentir dores fortes no abdômen a criança foi diagnosticada com insuficiência renal. Depois de sete dias de internação foi descoberto a origem dos sintomas, uma intoxicação por ácido bórico. A substância é um dos ingrediente para fabricação de slime caseiro, brinquedo famoso entre as crianças.
Thamires, que usou o Instagram para fazer um alerta aos pais, explicou que a filha brincava de fabricar slimes com frequência. “Desde quando sua fabricação caseira virou febre, a laysla, passou a “fabricar” slime com muita frequência e há muito tempo vem reclamando de dores na barriga”, escreveu.
Segundo a mãe, a menina já está se recuperando. Na publicação, Thamires colocou fotos da filha brincando e passeando no hospital. Nos comentários, algumas pessoas contaram casos parecidos. “Eu passei com algo parecido com uma enteada, ela gostava de fazer slime, até que um dia ela sentiu fortes dores, e acabou indo para o hospital geral do estado. Resultado: ela acabou ficando com asma”, comentou uma seguidora.
O perigo do slime
Em entrevista ao EXTRA, o especialista da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), Nelson Cordeiro, explicou que a produção caseira pode trazer risco a saúde das crianças. Segundo ele, a exposição pode causar até queimaduras de segundo grau na pele dos pequenos.
O especialista faz uma ressalva aos produtos industrializados, que possuem o processo de reação química realizado e pequenas concentrações dessas substâncias. Para ele, a melhor solução, para as crianças que querem criar o próprio brinquedo, é comprar kits prontos.
