Pais denunciam ao Ministério Público professora que ‘grita demais’ com alunos

Por constrangimento ilegal e racismo

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Por constrangimento ilegal e racismo

Pais de alunos da Escola Estadual Baltazar Fernandes, localizada na Zona Leste de Sorocaba (SP), denunciaram uma professora ao Ministério Público (MP) por constrangimento ilegal e racismo.Pais denunciam ao Ministério Público professora que 'grita demais' com alunos

Segundo uma mãe, que quis preservar sua identidade, em uma sala com 30 alunos, cerca de 15 estão com problemas com a professora. Deste número, cinco deixaram de frequentar as aulas e foram encaminhados ao psicólogo, diz a mulher.

Pais ouvidos pelo G1 dizem que a reclamação dos alunos é de que a professora “grita demais”, briga sem nenhum motivo, apaga o dever antes de todos copiarem e aplica castigos coletivos na turma.

“Até achei que era um pouco de manha, mas me surpreendi quando cheguei na escola e tinham mais sete pais com o mesmo problema”, diz. “As crianças chegam na porta da escola e não querem entrar”, diz a mãe.

“Imagina o que é uma mãe ouvir do seu filho: ‘Quero ficar com você, estou cansado de segurar o choro’”, afirma.

Outra mãe ouvida pela reportagem afirma que um dos castigos aplicados pela professora é proibir os alunos de conversarem entre si e ficar de cabeça baixa na carteira. “Inclusive um deles dormiu e só foi acordar no fim da aula”, conta a mãe.

A Diretoria Regional de Ensino (DRE) de Sorocaba informou que já se reuniu com a professora e elaborou um termo de orientação para ser aplicado durante as aulas. “Além disso, ficou decidido que a coordenação da Escola acompanhará as atividades da professora e os pais que quiserem poderão assistir as aulas”, afirma a DRE.

O Ministério Público instaurou o processo e deve ouvir a professora e a Diretoria Regional de Ensino.

Reunião

Após uma reunião com a diretoria, os pais procuraram uma advogada para dar andamento ao caso. “Registramos um boletim de ocorrência e entramos com uma representação no Ministério Público (MP) para que posição da professora seja averiguada”, afirma Beatriz Farrer.

Em nota enviada nesta segunda-feira (12), a Diretoria Regional de Ensino de Sorocaba afirmou que já se reuniu com a professora e elaborou um termo de orientação para ser aplicado durante as aulas.

Além disso, ficou decidido que a coordenação da escola acompanhará as atividades da professora e os pais que quiserem poderão assistir às aulas. A DRE afirma que acompanha o caso e que antes das ocorrências mencionadas não havia registro de problemas com a docente.

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