Operação analisa documentos sobre esquema de desvios no Detran de MT

Esquema entre 2009 e 2014

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Esquema entre 2009 e 2014

A Polícia Civil e o Ministério Público de Mato Grosso continuam as investigações sobre desvio de recursos no Departamento de Trânsito (Detran) do estado. De acordo com a apuração, cerca de 90% do valor da cobrança por serviços de cadastro e informatização de dados eram repassados a uma organização criminosa que atuou no esquema entre 2009 e 2014.Operação analisa documentos sobre esquema de desvios no Detran de MT

Policiais e promotores analisam documentos coletados durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão executados nessa segunda-feira (19). O Ministério Público chegou a pedir a prisão temporária dos acusados, mas o pedido foi negado pela Justiça.

Ainda não há um cálculo sobre o total desviado, mas os promotores afirmam que o esquema de corrupção era milionário e envolvia cerca de 50 pessoas, com diferentes atribuições.

Os líderes do esquema, segundo a investigação, eram os deputados estaduais Eduardo Botelho, presidente da Assembleia Legislativa do Estado, e Mauro Savi, ambos do PSB. Hoje (20), Savi negou qualquer envolvimento no esquema durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito que ele preside e que apura desvios nos fundos do governo.

Também nesta terça-feira, Botelho concedeu uma entrevista coletiva para negar envolvimento com o esquema denunciado na Operação Bereré. O presidente da Assembleia Legislativa reconheceu, no entanto, que foi sócio de umas empresas beneficiadas até 2012 e sabia das irregularidades.

“Em julho de 2012 eu realmente saí porque eu não estava sentido, sabia que estava errado isso, e não estava me sentindo bem. Infelizmente eu demorei a sair, devia ter saído naquele momento. Foi um erro que cometi na minha vida. Reconheço esse erro que vem me atormentando”, admitiu.

O ex-deputado federal Pedro Henry também é acusado de fazer parte do núcleo de liderança do esquema, mas acusa os denunciantes de darem informações falsas e superficiais. Os principais delatores são o ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa e o ex-diretor do Detran do estado Teodoro Lopes. Ambos também são apontados como integrantes do núcleo de liderança.

 

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