Enem: professores avaliam que provas foram mais fáceis que as de 2017
A prova de matemática e ciências da natureza – que inclui biologia, física e química – foi mais fácil do que a do ano passado, segundo avaliação de professores que tiveram acesso às 90 questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), aplicadas neste domingo (11). As questões abordaram temas tratados em sala de aula, […]
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A prova de matemática e ciências da natureza – que inclui biologia, física e química – foi mais fácil do que a do ano passado, segundo avaliação de professores que tiveram acesso às 90 questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), aplicadas neste domingo (11). As questões abordaram temas tratados em sala de aula, usaram gráfico que facilitavam a resolução das questões e cobraram cálculos mais simples.
Para o professor Diego Viug, coordenador pedagógico do ProEnem, na prova de matemática faltaram alguns temas, mas os cálculos exigidos eram mais simples. “Foi uma prova muito diferente dos anos anteriores. Cobraram alguns temas, mas deixaram outros de fora. Agora foi uma prova mais próxima do aluno”, afirmou.
Segundo Viug, faltaram questões de matemática espacial, que estavam presentes nos exames anteriores, e de função quadrática (que envolve fórmula de Bhaskara), por exemplo, mas houve bastante cobrança de escala de mapa. “Achei desproporcional. A prova ficou pobre, mas mais fácil, porque os alunos têm mais facilidade em resolver essas questões de escala”, argumentou.
Para o professor Léo Gomes, do Descomplica, a prova de Física foi a mais fácil dos últimos quatro anos. “A prova estava bem tranquila, com questões sobre temas batidos, sem surpresas”, disse. Segundo ele, as questões eram diretas e com exemplos abordados em sala de aula, exceto duas – sobre autofalante e ondas – que exigiram mais conhecimento e interpretação.
O professor Allan Rodrigues, do Descomplica, disse que, ao contrário do que ocorreu nos últimos anos, a prova de Química teve apenas duas questões envolvendo cálculos, o que simplificou a vida dos estudantes. Porém, houve cobrança de temas mais usais no ensino superior, como o gráfico de energia com distância entre átomos.
“Em relação ao ano passado, foi mais fácil, porque exigiu menos contas e mais teoria, mas havia questões difíceis”, avaliou Allan. Chamaram a atenção do professor as questões envolvendo as substâncias grafeno e nióbio, bastante citadas pelo presidente eleito Jair Bolsonaro.
A prova de Ciências da Natureza, segundo o professor João Rafael Silva, coordenador pedagógico do colégio Mopi, não apresentou surpresas em relação aos exames anteriores. “Foi mais fácil que a do ano passado. O uso de gráficos e imagens facilitou o entendimento, e os estudantes conseguiam entender os caminhos para resolver as questões”, disse.
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