Confira as 6 mentiras sobre febre amarela que mais circulam no WhatsApp
Segundo o Ministério da Saúde, foram 81 mortes registradas
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Segundo o Ministério da Saúde, foram 81 mortes registradas
Com o surto de febre amarela no país, muitas informações de origem duvidosa começaram a circular pelas redes sociais, principalmente no WhatsApp. A doença, que até os últimos dados do Ministério da Saúde, matou 81 pessoas, entre 1º julho a 30 de janeiro, gera preocupação até para quem não está nas áreas de risco, o que eleva as chances de compartilhar conteúdos falsos.
A Agência Pública, agência de notícias, verificou a veracidade de duas mensagens que estão sendo amplamente divulgadas no aplicativo WhatsApp. Segundo a publicação, esses conteúdos abordam vários tópicos relacionados a febre amarela, informando desde efeitos colaterais da vacina até possíveis lucros de empresas farmacêuticas com a campanha de imunização.
A checagem dos dados foi divulgada e revela uma série de equívocos nas informações. Com as informações da Agência Pública, o Jornal Midiamax listou as informações erradas que mais circulam no WhatsApp:
1 – Informação falsa: “Se você não for alérgico, tome de 3 a 6 gotas de própolis por dia diluído em água ou suco. O própolis entra na corrente sanguínea e seu cheiro é expelido pelos poros, os mosquitos não suportam o cheiro e não picam”.
Ao portal, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), o instituto de pesquisa e tratamento de doenças responsável também pela produção das vacinas contra a febre amarela no Brasil, informou que não há nenhuma comprovação de eficácia dos inseticidas naturais como repelentes para mosquitos. Além disso, o método não possui aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
2 – Informação exagerada: “Estudei enfermagem há quase 20 anos e a literatura sempre falou que ‘a forma grave da febre amarela é raríssima”.
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), o índice de casos de febre amarela que evoluem para a forma greve é de aproximadamente 15% a 25%. Outros estudiosos ouvidos pela agência como pesquisador Pedro Fernando da Costa Vasconcelos e a médica Flávia Bravo, da SBIm (Comissão de Revisão de Calendários e Consensos da Sociedade Brasileira de Imunizações), que o índice não é elevado, chegando a cerca de 10%.
3 – Informação falsa: “Percebem que, pela literatura, se geralmente quem contrai o vírus nem chega a apresentar sintomas e quem contrai torna-se imune permanentemente, é óbvio que um percentual enorme da população está nessa categoria”.
Ao portal, especialistas da Fiocruz, da USP (Universidade de São Paulo) e da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) informaram não haver registros de que a população é imune ao vírus.
4 – “Na bula da vacina contra febre amarela constam como reações e danos colaterais: MENINGITE, SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ, ENCEFALOPATIA”.
Segundo a agência, em consulta ao site da Anvisa onde consta a bula da vacina, o único efeito colateral citado na mensagem e que tem menos de 0,01% de chances de ocorrer é a encefalopatia.
5 – “Eu tenho certeza absoluta que tudo está sendo manipulado para criar o medo na população, assim como fizeram em 2009 com a tal gripe suína que ninguém nunca mais ouviu falar, e uma vez criado o medo, levarem todos a se submeter a mais uma vacina QUE CONTÉM UM PERCENTUAL ABSURDO DE MERCÚRIO, um dos metais mais tóxicos que existem”.
Em nota enviada ao portal, a fundação que produz a vacina esclareceu que não há mercúrio em sua composição. A fabricação é feita a partir de um vírus atenuado que é inserido em ovos de galinha para que se multiplique. Após a incubação, os embriões com o vírus são triturados para produzir a suspensão viral, que depois de testada, é envasada.
6 – “Está acontecendo uma campanha massiva no Brasil, pois o governo está com estoque alto e não quer ter prejuízo se a validade vencer. (…) Também tem os lucros obtidos da BigPharma se bater a meta”.
O SUS (Sistema Único de Saúde) utilizadas vacinas da Fiocruz e não de uma empresa farmacêutica particular, como informa a mensagem. Outro erro encontrado no texto é a afirmação de que o governo tem grande estoque desta vacina. Devido à dificuldade de produzir a vacina em pouco tempo, o governo teve que fracionar as vacinas para atender a população que necessitava.
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